O Bitcoin ganha força e o Ethereum anda de lado nesta terça-feira (4), enquanto as altcoins mostram desempenho misto em um dia de baixo volume devido ao feriado do Dia da Independência dos EUA, onde os mercados financeiros estão fechados.
Em outras bolsas globais, investidores pisam no freio atentos aos riscos para a economia e aos próximos passos dos bancos centrais. Na Austrália, a autoridade monetária não mexeu na taxa de juros, mas tampouco descartou novos aumentos, segundo a Bloomberg.
O Bitcoin (BTC) avança 1,1% nas últimas 24 horas, para US$ 30.988,21, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 0,72%, cotado a R$ 148.982,46, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) recua 0,4%, negociado a US$ 1.954,97. Análise do CoinDesk mostra que traders estão reforçando as apostas no ETH para o resto do ano, com a expectativa de que a segunda maior criptomoeda vai segurar o rali do primeiro semestre.
Na sexta-feira (30), um investidor adquiriu mais de 63 mil contratos atrelados ao Ethereum que envolvem opções de compra com vencimento em dezembro e preços exercidos entre US$ 1.900 e US$ 2.500, mostram dados da Amberdata.
No terreno das altcoins, a fintech Revolut também cedeu à pressão regulatória nos EUA e anunciou na segunda-feira (3) que irá deslistar os tokens Polygon (+1,5%), Solana (-1,2%) e Cardano (-0,1%), que foram considerados valores mobiliários pela SEC. Investidores terão até o dia 18 de setembro para vender os criptoativos, que serão completamente removidos da plataforma nesta data.
Outras altcoins operam entre perdas e ganhos nesta terça, entre elas BNP (-1.5%), XRP (+1%), Dogecoin (+0,3%), Polkadot (-0,6%), Avalanche (-0,9%) e Shiba Inu (-0,1%).
Bitcoin hoje
Na madrugada desta terça, o Bitcoin chegou a atingir a marca de US$ 31.153, ainda impulsionado pela série de empresas que voltaram a apresentar seus pedidos de fundos de índice (ETFs) de BTC à vista, ou spot.
Depois da bolsa Cboe, que corrigiu falhas apontadas pela SEC em registros da Fidelity e outros emissores, agora foi a vez da Nasdaq, que reapresentou o pedido da BlackRock, que deu a largada na corrida entre gigantes para lançar um ETF de Bitcoin à vista.
No novo pedido, a maior gestora de ativos do mundo disse que vai finalizar o chamado acordo de compartilhamento de vigilância (SSA, na sigla em inglês) com a Coinbase, maior exchange cripto dos EUA, abordando uma das principais objeções que levaram a reguladora a rejeitar solicitações semelhantes no passado, conforme o Decrypt.
“Espera-se que o Spot BTC SSA seja um acordo bilateral de compartilhamento de vigilância entre a Nasdaq e a Coinbase, destinado a complementar o programa de vigilância do mercado da Bolsa”, diz o documento.
Para a corretora Bernstein, a probabilidade de aprovação de um ETF de Bitcoin à vista é “bastante alta”, acrescentando que a falta de um fundo de índice spot com exposição à maior criptomoeda leva ao crescimento de produtos de balcão, como o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), que são mais caros, ilíquidos e ineficientes, de acordo com a análise.
O GBTC é administrado pela gestora Grayscale, controlada pelo Digital Currency Group (DCG), também dono do CoinDesk.
‘Oferta final’ da Gemini para DCG
O DCG, aliás, recebeu um “ultimatum” de Cameron Winklevoss, cofundador da exchange cripto Gemini, em uma “oferta final” a Barry Silbert, fundador do conglomerado, exigindo o pagamento da dívida total de US$ 1,46 bilhão sob o risco de uma ação judicial, de acordo com o The Block.
Em uma carta aberta publicada na segunda-feira (3) no Twitter, Winklevoss disse que os “jogos acabaram”, pois usuários do extinto programa de renda passiva Gemini Earn ainda estão no limbo, com mais de US$ 1,2 bilhão em ativos bloqueados na Genesis Global, propriedade do DCG.
Winklevoss exigiu que o DCG efetue pagamentos no total de US$ 1,465 bilhão, incluindo US$ 630 milhões que venceram em maio. Como parte da oferta, um pagamento de US$ 275 milhões deve ser feito até 21 de julho.
DCG e Genesis ainda não responderam pedidos de comentário feitos pelo The Block.
Enquanto isso, credores com recursos bloqueados após o colapso do hedge fund cripto Three Arrows Capital (3AC) pelo menos já receberam uma promessa. Por uma questão de “carma”, Kyle Davies, um dos fundadores do 3AC, disse que quer doar parte dos lucros futuros de sua nova exchange OPNX para os credores.
Outros destaques das criptomoedas
A QR Capital planeja abrir uma unidade de educação com foco na tecnologia blockchain e na qualificação de profissionais na área de ativos digitais, com a oferta de cursos que incluem parcerias com instituições de ensino e empresas, segundo o Valor Econômico. A nova unidade de negócios vai englobar o Blocktrends, um portal de estudos e análises de investimentos em ativos digitais, que será convertido em uma “edtech”.
O Instagram, controlado pela Meta, se prepara para lançar seu serviço que irá competir com o Twitter na próxima quinta-feira (6), mostra uma listagem na App Store. De acordo com a Bloomberg, o aplicativo, chamado “Threads’, vai funcionar de forma semelhante à rede social de Elon Musk, com postagens em texto que podem ser curtidas, comentadas e compartilhadas, segundo exemplos de capturas de tela na listagem da App Store. O novo app permitirá seguir contas já existentes no Instagram e os nomes de usuários poderão ser mantidos. O Instagram não quis comentar.
O mercado de tokens não fungíveis (NFTs) perdeu força no último ano e foi marcado por uma onda vendedora na semana passada, em meio à polêmica envolvendo a coleção Elementals. No caso da famosa coleção Bored Ape Yacht Club, o preço de piso (ou o preço do NFT mais barato listado) despencou para o menor nível em quase dois anos no fim de semana, um declínio de 88% em relação ao pico quando calculado em dólares, conforme o Decrypt.
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