As maiores criptomoedas operam em terreno positivo nesta sexta-feira (5), na contramão das bolsas internacionais, onde traders de ações aguardam mais dados do mercado de trabalho nos EUA.
Números da ADP divulgados na quinta-feira (4) mostraram que empresas americanas aceleraram as contratações em dezembro, o que pode adiar um corte de juros pelo banco central do país.
No espaço cripto, traders de derivativos de Bitcoin se preparam para uma volatilidade “sem precedentes” à espera da decisão da SEC sobre os ETFs de BTC à vista, de acordo com a Bitfinex.
O Bitcoin avança 2,2% em 24 horas, para US$ 43.967,40, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 1,7%, negociado a R$ 216.772,71, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) tem alta de 1,4%, cotado a US$ 2.254,29, após os planos da plataforma de crédito cripto Celsius de desbloquear posições na segunda maior criptomoeda para facilitar a distribuição de fundos para credores.
As principais altcoins vão em direções opostas nesta manhã, entre elas BNB (-0,7%), XRP (-0,1%), Solana (+2,8%), Cardano (-2,1%), Dogecoin (+1,6%), TRON (-0,8%), Chainlink (+1,6%), Avalanche (+1,4%), Polkadot (-0,2%), Polygon (+0,3%) e Shiba Inu (+2,6%).
Bitcoin hoje
Após a volatilidade das últimas sessões, o Bitcoin dá sinais de estabilização e retoma a trajetória de alta nesta sexta.
Os fundos com exposição direta à maior criptomoeda dominam a narrativa do mercado nos últimos meses devido à expectativa de que esses produtos impulsionem a demanda por ativos digitais nos EUA, a maior economia do mundo.
Em extenso artigo no qual se diz menos empolgado com o setor de criptomoedas ultimamente em meio à obsessão de investidores com os ETFs, Matt Levine da Bloomberg destaca que as “as pessoas querem poder colocar bitcoins em uma caixa e depois vender ações da caixa para investidores” no mercado regulado.
De qualquer forma, essa perspectiva ajudou a valorizar o Bitcoin em quase 160% no ano passado.
A longa lista de candidatos de alto nível tem ajustado seus registros S-1 (formulários de requerimento para aprovação de um novo produto pela SEC) e analistas da Bloomberg projetam que o lançamento de ETFs de Bitcoin spot tem 90% de chance de acontecer até 10 de janeiro.
Ainda assim, parte do mercado ainda demonstra ceticismo: pesquisa da Bitwise compartilhada pelo Decrypt revelou que apenas 39% dos 437 consultores financeiros entrevistados disseram acreditar que um ETF de Bitcoin vai estar disponível para investidores dos EUA em 2024.
Batalha da SEC contra Coinbase e Binance
As discussões para o potencial lançamento de ETFs cripto não parecem ter desviado o foco da SEC de sua investida contra algumas exchanges nos EUA.
A agência decidiu usar sua vitória parcial no processo contra a Terraform Labs como argumento nas ações movidas contra a Binance e a Coinbase, acusadas de oferecer e negociar ativos sem registro no mercado americano.
Em documento registrado na quinta-feira (4) no caso da Coinbase, a SEC apresentou a decisão judicial do Distrito Sul de Nova York que concordou com a reguladora ao definir que os tokens UST, LUNA, wLUNA e MIR são valores mobiliários.
Esses tokens não foram mencionados no processo contra a Coinbase, que cita outras moedas digitais definidas como valores mobiliários não registrados, entre elas SOL, ADA e MATIC.
Análise da Bloomberg chama a atenção para o possível impacto da disputa entre a SEC e a Coinbase nas propostas de ETFs de Bitcoin à vista, já que a corretora foi escolhida como custodiante dos ativos por várias gestoras, como a gigante BlackRock.
O xerife de Wall Street também quer aproveitar a decisão a seu favor sobre a Terraform no processo contra a Binance, de acordo com documento registrado na quarta-feira (3), informou o The Block.
A maior exchange cripto do mundo busca se reerguer no mercado americano após levar uma multa de US$ 4,3 bilhões em novembro por violações das leis de combate à lavagem de dinheiro e sanções. A Binance.US, braço do grupo nos EUA, contratou Lesley O’Neill, ex-diretora de conformidade na plataforma Prove Identity, para comandar o departamento de compliance da empresa.
Outros destaques das criptomoedas
Uma investigação do jornal Guardian Australia no mês passado revelou que milhares de pessoas perderam milhões de dólares com o fundo cripto HyperVerse, promovido pelo empresário australiano Sam Lee e seu sócio Ryan Xu, dois dos fundadores da falida Blockchain Global.
Agora, o impressionante currículo de Steven Reece Lewis, CEO do HyperVerse, também é questionado, já que nenhuma das qualificações pôde ser confirmada, como um mestrado na Universidade de Cambridge. O Guardian Australia não conseguiu encontrar um perfil de Reece Lewis no LinkedIn. O fundo também foi promovido por celebridades, como o cofundador da Apple, Steve Wozniak, e o ator Chuck Norris.
Na Índia, benefícios distribuídos por bancos a empregados por meio da rupia digital em dezembro ajudaram o banco central a cumprir a sua meta de um milhão de transações diárias até ao final de 2023, disseram três fontes à Reuters. O projeto-piloto da moeda digital do banco central (CBDC, na sigla em inglês) da Índia foi lançado em dezembro de 2022, mas as transações totalizavam apenas 25 mil por dia no fim de outubro do ano passado.
A Visa lançou um serviço de fidelidade baseado na web3 que envolve brindes gamificados e caças ao tesouro, de acordo com comunicado da gigante de pagamentos digitais divulgado na quinta-feira (4). A nova plataforma, chamada Visa Web3 Loyalty Engagement Solution, vai permitir que marcas criem carteiras digitais onde poderão armazenar pontos de recompensa e experiências em nome dos consumidores.
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