As maiores criptomoedas são negociadas no azul nesta segunda-feira (30), em linha com a valorização das bolsas europeias e futuros dos EUA, com traders mais calmos após a ofensiva cautelosa de Israel em Gaza e já de olho na decisão de juros do banco central americano na próxima quarta-feira, 1º de novembro.
O Bitcoin avança 1% em 24 horas, para US$ 34.551,75, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC também sobe 1%, negociado a R$ 174.209,08, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) registra alta de 1,7%, cotado a US$ 1.818,34.
As principais altcoins operam em território positivo nesta manhã, entre elas BNB (+0,9%), XRP (+1,3%), Solana (+8,2%), Cardano (+1,6%), Dogecoin (+0,8%), TRON (+0,4%), Toncoin (+1,5%), Chainlink (+3,5%), Polygon (+3,2%), Polkadot (+3,5%), e Shiba Inu (+0,4%).
Bitcoin hoje
Grandes investidores de Bitcoin, as chamadas baleias, voltaram a entrar em ação, elevando o número de transações de pelo menos US$ 100 mil para 23.400 na semana passada, o maior nível do ano, mostram dados da empresa de análise blockchain IntoTheBlock.
Na semana passada, a maior criptomoeda ultrapassou a marca de US$ 35 mil pela primeira vez desde maio de 2022, impulsionada pela expectativa do lançamento de fundos de índice (ETF) de Bitcoin à vista no mercado americano.
Na avaliação de analistas do Cantor Fitzgerald citada em análise da Bloomberg, esses ETFs são o catalisador de curto prazo mais importante para o preço do Bitcoin. De qualquer forma, não há consenso sobre o principal fator por trás do recente rali da criptomoeda, segundo analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.
A equipe de análise da Coinbase, por outro lado, destacou o distanciamento do preço do Bitcoin neste mês na comparação com o desempenho do mercado acionário americano, principalmente em relação às ações de tecnologia.
E em meio à pressão de parlamentares e autoridades do governo americano para combater o suposto financiamento de atividades ilícitas com criptomoedas, o mercado ficará atento nesta semana à reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, em buscas de pistas do impacto da política monetária sobre os ativos de risco.
Para muitas pessoas, o alto preço unitário do Bitcoin e sua volatilidade são fatores negativos e que as afastam de investir na criptomoeda.
Mas enquanto o bilionário Elon Musk pode ter perdido o bonde ao preferir comprar o Twitter em vez de investir mais em Bitcoin, o brasileiro Bruno Oliveira investe em BTC a partir do dinheiro que ganha reciclando latinhas e óleo usado. Seu sonho é conseguir um dia ter 1 BTC, disse em entrevista ao Portal do Bitcoin.
Gemini trava nova disputa com Genesis
A perspectiva de conversão do Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), maior fundo de Bitcoin do mundo e administrado pela Grayscale Investments, em um ETF de BTC à vista não passou despercebida pela Gemini.
Na sexta-feira (27), a Gemini abriu um processo contra a plataforma de crédito cripto Genesis para resgatar US$ 1,6 bilhão em ações do Grayscale Bitcoin Trust.
A exchange cripto trava uma batalha antiga com a Genesis, controlada pelo Digital Currency Group (DCG), que também é dono da Grayscale. Gemini e Genesis eram parceiras no programa de renda passiva Earn, mas os fundos de usuários foram bloqueados depois do “crash” do mercado no ano passado.
A ação judicial aberta no Tribunal de Falências dos EUA, Distrito Sul de Nova York, mostra que a Gemini deseja recuperar o controle das ações do GBTC para reembolsar os clientes de seu programa Earn, informou o Decrypt.
Participação de mercado da Binance
De acordo com dados do The Block, a média móvel de sete dias dos volumes à vista nas maiores exchanges de criptomoedas superou US$ 24 bilhões em 26 de outubro, o maior patamar desde o fim de março.
Mas a Binance, maior corretora cripto do mundo, não tem conseguido se beneficiar dessa recuperação. Sua participação de mercado entre exchanges que não oferecem suporte para negociações em dólares diminuiu de 74% em dezembro de 2022 para 50% este mês, aponta o The Block.
Além disso, a Binance também perde espaço em outros segmentos e corre o risco de perder o posto de principal exchange de futuros de Bitcoin para a gigante CME, de acordo com o CoinDesk.
Outros destaques das criptomoedas
A exchange de criptomoedas Kraken já está pronta para compartilhar dados de dezenas de milhares de seus usuários com o Internal Revenue Service (IRS), o equivalente à Receita Federal dos EUA, em conformidade com uma ordem judicial de junho, anunciou a empresa, que também se prepara para expandir as operações no Reino Unido sob novo comando.
O governo britânico, aliás, publicou nesta segunda (30) suas propostas finais para regular o ecossistema cripto. O plano é introduzir a regulamentação em etapas, com a legislação para stablecoins a ser implementada no início do próximo ano.
Nos EUA, o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, disse que as stablecoins precisam ser reguladas. Quando um ativo está atrelado a uma moeda emitida pelo governo e é usado como meio de pagamento e reserva de valor, ele “pega emprestada a confiança do banco central”, afirmou durante conferência na sexta-feira (27) em Washington.
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