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Bitcoin e Ethereum vão em direções opostas nesta sexta-feira (5), com investidores globais atentos aos dados do mercado de trabalho nos EUA, que podem dar mais pistas sobre o rumo da política monetária na maior economia do mundo.

Bitcoin avança 1% em 24 horas, para US$ 66.945,50, segundo dados do Coingecko.   

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Em reais, o BTC sobe 0,98%, negociado a R$ 340.260,65, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB). 

Ethereum (ETH) recua 1,7%, cotado a US$ 3.281,09. 

token W, lançado nesta semana pelo protocolo Wormhole, mergulha 12% em 24 horas, apesar de oferecer rendimento superior a 999% em staking. Em um dos airdrops mais esperados neste começo de ano, o Wormhole teria alocado tokens para endereços de carteiras que pertenciam a um hacker ou hackers responsáveis por um ataque em 2022. Os tokens já foram removidos dos endereços, disse uma fonte ao The Block.

XRP opera estável após o anúncio dos planos de lançamento de uma stablecoin atrelada ao dólar por sua emissora, a Ripple. A stablecoin será disponibilizada nas blockchains XRP Ledger e Ethereum, com perspectiva de expansão.

MATIC recua 1,7% em meio à notícia do jornal Nikkei repercutida pelo The Block de que o Sony Bank, braço financeiro do conglomerado Sony, iniciou uma prova de conceito na blockchain Polygon para emitir sua própria stablecoin pareada com uma moeda fiduciária. A Sony não respondeu a um pedido de comentário.

Em outra novidade no segmento, o PayPal anunciou que clientes nos EUA agora podem converter sua stablecoin PayPal USD (PYUSD) em dólares e enviar dinheiro para cerca de 160 países e livre de taxas.

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Outras altcoins são negociadas entre perdas e ganhos, entre elas BNB (-1,6%), Solana (-7,2%), Cardano (-2,1%), Dogecoin (-5%), TRON (+0,5%), Chainlink (-3,9%), Avalanche (-4,8%), Polkadot (-3,7%) e Shiba Inu (+0,1%).

Bitcoin hoje

Na quinta-feira (4), o Bitcoin voltou a se distanciar dos índices acionários dos EUA, que perderam força após comentários do presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, alertando para o risco de a inflação impedir um corte de juros neste ano.

A maior criptomoeda, que havia caído para US$ 65 mil na madrugada, chegou a superar US$ 69 mil durante o dia, segundo o CoinDesk.

Apesar da volatilidade, investidores ainda dão sinais de confiança no potencial da maior criptomoeda.

Dados da CryptoQuant mostram que as reservas de Bitcoin nas exchanges atingiram os menores níveis desde o começo de 2021, quando os números começaram a ser rastreados. Mais de 90.700 BTC foram sacados no último mês, marcando uma estratégia de manutenção a longo prazo.

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Ao mesmo tempo, relatório da Glassnode destaca que, do total de bitcoins ainda negociados nas corretoras, uma parte significativa tem sido transferida de investidores de longo prazo para traders de curto prazo, cujo montante aumentou em 1,12 milhão de BTC.

Enquanto isso, o volume combinado de negociação de criptomoedas e derivativos em exchanges centralizadas quase dobrou para uma máxima histórica de US$ 9,1 trilhões em março, de acordo com dados da CCData.

O movimento foi puxado em parte pelo interesse nos fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista negociados no mercado americano e pela expectativa de valorização dos preços com o próximo halving.

Os fluxos para os ETFs de BTC à vista voltaram ao território positivo nesta semana. Na quarta-feira (3), esses fundos receberam US$ 113,5 milhões após entradas líquidas de US$ 40,3 milhões no dia anterior. O valor foi suficiente para compensar os US$ 87,5 milhões em saídas líquidas registradas na segunda (1), mostram cálculos da CoinGlass.

Em nova projeção ainda mais otimista que as anteriores, a gestora “popstar” Cathie Wood disse em evento em Nova York que, impulsionado pelos ETFs, o Bitcoin pode chegar à marca de US$ 3,8 milhões, caso investidores institucionais continuem apostando nesses fundos. Wood não estabeleceu um prazo para o BTC atingir o preço estratosférico.

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Concentração na rede Ethereum

Em sete dias, a segunda maior criptomoeda acumula queda de 7,8% em comparação às perdas de 4,5% do Bitcoin no período. Em meio às incertezas sobre a aprovação de um ETF com exposição direta ao Ethereum nos EUA, analistas do JPMorgan destacaram que o ETH pode evitar ser designado como valor mobiliário devido à maior descentralização da rede.

De acordo com nota do banco compartilhada pelo Decrypt, o volume de ETH bloqueado via staking no projeto Lido segue em queda, o que reduziria as preocupações sobre uma maior concentração na blockchain Ethereum.

A SEC, a CVM dos EUA, indicou anteriormente que tokens em uma rede suficientemente descentralizada não configuram valores mobiliários, porque não há um “grupo controlador”.

Outros destaques desta sexta

O Paraguai enfrenta uma crise de energia devido ao aumento da demanda por eletricidade causado por fazendas ilegais de mineração de criptomoedas, informou o Decrypt. Para resolver o problema, parlamentares apresentaram um projeto de lei para proibir temporariamente todas as atividades relacionadas à indústria de mineração cripto. O PL visa estabelecer uma estrutura regulatória e garantir infraestrutura suficiente antes de permitir a retomada das operações.

Tigran Gambaryan, chefe de compliance da Binance detido há mais de um mês na Nigéria sob acusações de evasão fiscal, teve seu caso adiado até 19 de abril após sua primeira aparição no tribunal em Abuja, segundo a Bloomberg. O executivo e a exchange são acusados de não pagamento de imposto sobre valor agregado e imposto de renda corporativo, e cumplicidade em ajudar clientes a sonegar taxas por meio da plataforma.

Gambaryan permanecerá sob custódia da Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros da Nigéria. Nadeem Anjarwalla, gerente regional da Binance para a África, também havia sido detido pelo governo da Nigéria, mas conseguiu escapar do país.

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John J. Ray III, executivo contratado para conduzir a recuperação judicial da FTX, recebeu US$ 1.575 por hora no mês passado por seus trabalhos, de acordo com documento judicial apresentado na quinta-feira (4). De 1º a 31 de março, Ray trabalhou 231 horas e recebeu um total de US$ 363.825. O trabalho de Ray incluiu telefonemas semanais e reuniões presenciais do conselho para liderar a reestruturação da exchange, entre outras tarefas, como consta em relatório mensal da equipe.

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