O mercado de criptomoedas amanhece em alta nesta segunda-feira (17), data também marcada por ganhos dos títulos britânicos e da libra esterlina com a expectativa de reversão de parte do pacote de corte de impostos e valorização dos índices futuros das bolsas americanas. No universo cripto, um hacker chamado Avraham Eisenberg resolveu devolver parte dos tokens roubados da Mango Markets.
O Bitcoin (BTC) opera em alta de 1,5%, cotado a US$ 19.412, segundo dados do CoinGecko. Em reais, o Bitcoin mostra estabilidade, com alta de o,67% e cotado a R$ 102.619, conforme o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
Nesta segunda, foi preciso mais de uma hora para minerar um bloco de Bitcoin, com milhares de transações presas em um estado não confirmado, segundo a Mempool.
O Ethereum (ETH) sobe 2,8%, para US$ 1.318. A blockchain da segunda maior criptomoeda atingiu um novo marco de censura na sexta-feira (14), quando 51% dos blocos produzidos nas últimas 24 horas seguiram as recomendações de conformidade do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA, de acordo com o CoinDesk.
As altcoins mais negociadas também se valorizam , com exceção da moeda da Ripple e da preferida de Elon Musk: Binance Coin (+1,2%), XRP (-1,9%), Cardano (+0,8%), Solana (+2%), Dogecoin (-0,9%) Polkadot (+0,8%), Shiba Inu (+1,1%), Polygon (+2,1%) e Alavanche (+3%).
Bitcoin hoje
As bolsas americanas retomaram a trajetória de queda na sexta, após o salto na sessão anterior puxado principalmente por fatores técnicos. A narrativa de juros mais altos e risco de recessão voltou a dominar as negociações, e o S&P 500 encerrou em baixa de 2,4%.
Nesta semana, o destaque no cenário macro fica para os pedidos de seguro-desemprego nos EUA na próxima quinta-feira (20) e para a temporada de balanços.
O Bitcoin continua confortável em sua faixa de negociação no último mês, entre US$ 19 mil e US$ 21 mil e analistas preveem manutenção da tendência a menos que algo inesperado ocorra, aponta análise do CoinDesk.
Diante da baixa volatilidade – ou ausência dela – traders e investidores amadores têm buscado diferenciar as estratégias para enfrentar o inverno cripto. Um indicador de volatilidade do Bitcoin caiu para 61 na sexta, o menor nível desde abril, comparado a 140 em maio, de acordo com a Bloomberg.
Edward Moya, analista de mercado sênior da formadora de mercado de câmbio Oanda, está otimista com as perspectivas para a maior criptomoeda: “(…) Parece que o Bitcoin está se tornando uma aposta de longo prazo para muitos”, escreveu Moya ao CoinDesk. “Se as ações dos EUA caírem abaixo do nível de 3.600 (pontos) nesta temporada de balanços, e o Bitcoin não romper as mínimas do verão (meados do ano), o inverno cripto poderia ser oficialmente cancelado”.
Outros destaques das criptomoedas
Brian Armstrong, CEO da Coinbase Global, maior corretora cripto dos EUA, planeja vender 2% de sua participação na empresa para financiar pesquisas em ciência e tecnologia. O executivo afirmou no Twitter que isso não sinaliza planos de renunciar ao cargo, onde pretende permanecer “por muito tempo”.
E a Coinbase contratou Daniel Seifert, executivo sênior da fintech alemã Solarisbank, para liderar a expansão europeia da exchange, conforme a Bloomberg.
A exchange descentralizada Uniswap, emissora do token UNI, será lançada em breve em uma rede mais barata e anônima que a blockchain Ethereum, segundo o InfoMoney. A Uniswap escolheu a rede secundária zkSync, que utiliza a tecnologia de zk-rollups, com transações mais rápidas e taxas mais baixas, além de garantir aos usuários maior privacidade.
A exchange de criptomoedas Blockchain.com levantou dinheiro novo em uma rodada de investimento estratégico liderada pela empresa de investimentos britânica Kingsway Capital, segundo a Bloomberg, mas não divulgou o valor captado e tampouco sua mais recente avaliação. Em rodada anterior em março, a corretora havia sido avaliada em US$ 14 bilhões.
Centenas de milhares de novas plataformas de mineração que poderiam estar gerando bitcoins nunca foram usadas, afetando ainda mais o setor duramente atingido pela queda dos preços do BTC e de outros tokens e pelos altos custos de energia, conforme o CoinDesk.
E a Nasdaq ameaçou deslistar a ação da mineradora de Bitcoin Digihost por ser negociada abaixo de US$ 1 por 30 dias consecutivos, mais uma mineradora a entrar na zona de perigo das principais bolsas de valores dos EUA, informou o The Block.
A Coreia do Sul planeja oferecer uma identidade digital protegida por blockchain para cidadãos com um smartphone em uma investida para acelerar o crescimento econômico, noticiou a Bloomberg.
No Brasil, a tecnologia blockchain será usada para monitorar a mineração de ouro no Mato Grosso, com o objetivo de dar maior rastreabilidade, coibir fraudes, garimpo em regiões ilegais,além de outros crimes, de acordo com o Valor. O projeto é liderado pela Fênix DTVM, uma comercializadora de ouro que contratou a startup Minery para implementar a tecnologia.
A ZEBEDEE, uma startup focada em soluções de pagamento por meio da rápida Lightning Network, lançou uma iniciativa para contribuir com código aberto e produtos para o protocolo de segunda camada construído com base no Bitcoin. O brasileiro André Neves, cofundador e diretor de tecnologia da ZEBEDEE, explica que o projeto sem fins lucrativos, batizado de No Big Deal (NBD), não tem como foco vender produtos ou serviços, mas escrever código para que qualquer pessoa possa ter acesso a qualquer parte dele e usá-lo, ou transformá-lo à vontade.
Victor Garcia, um jovem de 15 anos morador da zona leste de São Paulo, foi premiado no hackathon do ETHBogotá, evento que reuniu a comunidade do Ethereum na Colômbia recentemente. Garcia e sua equipe, formada por outros quatro brasileiros, desenvolveram uma plataforma de incentivo à leitura onde o leitor é recompensado com tokens por cada livro ou página lida, um modelo no estilo “read-to-earn” (leia para ganhar). A equipe foi uma das cinco premiadas pela Chainlink com um prêmio de US$ 1 mil.
Estudo da Anbima publicado pela Folha de S. Paulo para mapear o peso de influenciadores mostra que os seis canais digitais de maior alcance nas redes sociais —“O Primo Rico”, “Me Poupe!”, “Riqueza em Dias”, Nathalia Arcuri, Gustavo Cerbasi e Bruno Perini— somam cerca de 37,4 milhões de seguidores. Em termos de volume de publicações, o mercado de ações lidera com 48,2% do total, quase cinco vezes mais do que o segundo mais popular, que são as criptomoedas.
Regulação, CBDCs e Cibersegurança
O presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, disse na sexta-feira (14) que a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC)deveria ter mais autoridade para monitorar stablecoins, de acordo com a Reuters. Em evento em Washington, Gensler argumentou que as stablecoins são muito semelhantes aos mercados monetários e deveriam ser regulamentadas de acordo.
O governador do Federal Reserve, Christopher Waller, afirmou durante evento realizado pelo Harvard National Security Journal que um dólar virtual não ofereceria benefícios significativos em relação a pagamentos denominados na moeda americana, especialmente porque a introdução de uma moeda digital do banco central, ou CBDC, pode trazer riscos, como ameaças de segurança cibernética.
O Société Générale, o terceiro maior banco da França por valor de mercado, obteve aprovação regulatória para operar como provedor de serviços de ativos digitais no país no mês passado, informou o The Block.
Em artigo no Portal do Bitcoin, especialistas como Juliana Facklmann, diretora global de regulação e design de produtos da 2TM, dona do MB, analisaram o parecer 40/2022 publicado recentemente pela CVM com diretrizes para os criptoativos, que incluem a visão da autarquia sobre a tokenização de ativos.
O artigo, que também é assinado por Daniel de Paiva Gomes e Eduardo de Paiva Gomes (VDV e Paiva Gomes) e Paloma Sevilha (BEE4), destaca que a CVM, “de forma acertada”, apresenta “visão dinâmica (logo, não estática) quanto à natureza jurídica do token” e, apesar de alguns aspectos “redundantes”, o documento ajuda a “prever o futuro” dos criptoativos.
Felipe Neto, o maior influencer do Brasil, tem promovido o cassino online Blaze para seus milhões de seguidores. Seja no Twitter, onde tem um perfil mais político, ou no Youtube, onde o foco é o conteúdo para crianças, lá está a indicação para uma empresa obscura que ocupa a 12ª posição com mais queixas no ranking do Reclame Aqui e que só exige comprovação da idade no momento dos saques. O Portal do Bitcoin entrou em contato com Felipe Neto para um posicionamento por meio de sua assessoria de imprensa e redes sociais, mas ainda não obteve retorno.
Um hacker chamado Avraham Eisenberg – parte de um grupo que drenou US$ 114 milhões em criptomoedas da exchange descentralizada Mango Markets – devolveu no sábado (15) um total de US$ 67 milhões ao protocolo de finanças descentralizadas (DeFi), segundo o portal CoinDesk. Eisenberg também fez questão de defender as ações do grupo – classificadas como roubo por muitas pessoas – como uma atitude “legal” e “altamente lucrativa”, em uma série de posts no Twitter.
Metaverso, Games e NFTs
A Horizon Worlds, plataforma de rede social de realidade virtual da Meta, tinha como objetivo conseguir 500 mil usuários ativos mensais até o fim do ano. No entanto, esse número está sendo revisado para 280 mil em meio aos obstáculos para aumentar a base de usuários, mostram documentos obtidos pelo Wall Street Journal.
A Princesa Aiana, avatar do metaverso, se tornará a primeira a assinar um desfile de moda no Brasil durante a Brazil Immersive Fashion Week, maior semana de moda na América Latina no metaverso, que acontece entre os dias 10 e 20 de novembro. O evento também poderá ser assistido no State, em São Paulo, de acordo com a Folhapress.
O Magic Eden, marketplace de tokens não fungíveis (NFT) baseado na rede Solana, também decidiu optar pelo polêmico modelo de royalties opcional. Desde a última sexta-feira (14), a plataforma já não cobra a taxa de 2%, seguindo os passos de concorrentes como a X2Y2 para atrair mais usuários, informou o The Block.
As vendas de tokens não fungíveis despencaram 67% no terceiro trimestre na comparação anual, mas investidores estão de olho em pechinchas em mercados como o Magic Eden, onde o preço de um NFT é de US$ 43.
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