Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) despenca para US$ 28 mil; brasileiros lesados pela FTX ganham ajuda e corretora do BTG compra parte de empresa NFT   
(Foto: Shutterstock)

As maiores criptomoedas seguem em baixa nesta quinta-feira (20) em meio ao menor apetite por ativos de risco como criptomoedas e ações, pressionadas pelos temores de aperto monetário global e balanços corporativos que enviaram sinais mistos aos investidores. 

O Bitcoin (BTC) registra queda de 1,3% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 28.842, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC recua 0,9%, para R$ 147.956, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) perde 1,1%, negociado a US$ 1.956.  

As altcoins também acompanham a tendência negativa nesta quinta, entre elas BNB (-4,8%), XRP (-6,6%), Cardano (-4,8%), Dogecoin (-2,8%), Polygon (-7,3%), Solana (-8,1%), Polkadot (-7,2%), Shiba Inu (-5,8%) e Avalanche (-9,9%). 

Bitcoin hoje 

O humor dos investidores já vem azedo desde quarta-feira, após um relatório que mostrou uma inflação ainda acelerada no Reino Unido. Traders também apontaram uma enorme ordem de venda na Binance, de acordo com análise do CoinDesk. 

“De uma forma ou de outra, o relatório quente do ‘CPI’(índice de preços ao consumidor) do Reino Unido que obtivemos na sessão europeia de hoje (quarta, 19) tornou o mercado mais vulnerável e pode ter sido o dado macroeconômico que levou aquele grande vendedor a puxar o gatilho e provocou uma cascata de ordens de venda, caindo abaixo de US$ 30 mil”, disse Matt Weller, chefe global de pesquisa da corretora online Forex.com, em entrevista ao programa “First Mover” do CoinDesk TV. 

Mineração de Bitcoin na Rússia 

A Rússia planeja permitir que algumas entidades minerem criptomoedas para uso no comércio exterior, informou o Wall Street Journal

As autoridades do país trabalham em uma legislação experimental que permitiria o uso de criptomoedas em acordos de exportação e importação, informou a agência de notícias estatal TASS esta semana, citando autoridades do banco central do país.  

A abordagem da Rússia em relação aos criptoativos não é clara, destaca o WSJ. O banco central recomendou a proibição da mineração de criptomoedas no passado, mas o presidente Vladimir Putin tem sinalizado abertura aos ativos digitais. 

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O banco central da Rússia ainda argumenta que as criptomoedas não devem ser usadas para transações e pagamentos domésticos, de acordo com comentários da presidente do banco central, Elvira Nabiullina, relatados pela TASS. 

Regulação na UE 

Com autoridades globais preocupadas em frear atividades ilícitas com criptomoedas, a União Europeia pede que o resto do mundo “copie” suas regras para os criptoativos de modo a criar uma abordagem sólida que proteja consumidores e a estabilidade financeira, disse na quarta-feira (19) a comissária de serviços financeiros do bloco, Mairead McGuinness. 

Nesta quinta (20), o Parlamento Europeu vota o marco regulatório de criptoativos da UE, conhecido como MiCA, o primeiro arcabouço de regras para o setor ainda não regulado, de acordo com a Reuters. Os estados membros já deram o sinal verde para a regulamentação.  

Investidores brasileiros da FTX 

A quebra da exchange cripto FTX em novembro do ano passado, que causou enormes prejuízos a investidores, acelerou a urgência de regulamentação da indústria. 

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A associação americana VCDF (sigla em inglês para vítimas de fraudes de depositantes de criptomoedas) busca ajudar investidores brasileiros lesados financeiramente pela FTX, conforme reportagem do Valor Econômico.  

Em parceria com a empresa de relacionamento com o cliente Paschoalotto, a VCDF criou um canal para aconselhamento jurídico a brasileiros. 

Por enquanto, a VCDF está captando dados de usuários que consigam provar que tinham depósitos na FTX antes da crise e qual o valor dos depósitos, segundo o jornal, para depois indicar qual o melhor caminho para a reclamação. 

Celebridades que promoveram a FTX são alvo de clientes lesados nos EUA. 

Mas, no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários também está de olho em influenciadores que não divulguem conteúdo pago. 

autarquia publicou um estudo na quarta-feira (19) recomendando como deve ser regulamentada a ação de influenciadores digitais que abordam o mercado financeiro em seus conteúdos.  

Outros destaques das criptomoedas  

A Mynt, corretora de criptomoedas do banco BTG Pactual criada em 2021, comprou 20% da Lumx Studios, localizada no Rio de Janeiro, segundo O Globo. A Lumx é conhecida por criar projetos corporativos usando a tecnologia blockchain e já criou NFTs para marcas como a Reserva. O valor do aporte não foi divulgado.

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A Galactic Holdings, startup de criptoativos de origem chinesa, fechou uma captação de US$ 10 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela BAI Capital, segundo o Valor Econômico. A empresa planeja investir os recursos na expansão das operações, o que inclui a estreia no mercado brasileiro. A startup quer trazer ao Brasil seu negócio de carteira digital TruBit, além da plataforma de negociação de criptomoedas, com foco em traders profissionais. 

Quem também aposta no mercado cripto brasileiro é a gigante de pagamentos MasterCard, que agora faz parte da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), informou a Exame. De acordo com a associação, a MasterCard “tem atuado na vanguarda da exploração e evolução do blockchain há anos, apoiada nos três princípios fundamentais da companhia – proteção ao consumidor, conformidade regulatória e estabilidade”. 

“O Lobo de Wall Street”, filme estrelado por Leonardo DiCaprio, ganhou uma legião de fãs desde sua estreia em 2013, que desde então compartilham memes nas redes sociais e colecionam itens associados ao filme. Sem ganhar um centavo com essas vendas até agora, a Red Granite Pictures, produtora que detém os direitos autorais do filme, planeja vender tokens não fungíveis (NFT) para monetizar a base de fãs e combater a pirataria, conforme a Bloomberg

Por US$ 100 ou mais, diz a empresa, os fãs terão a oportunidade de comprar NFTs colecionáveis associados às cenas da obra de Martin Scorsese, que arrecadou mais de US$ 400 milhões nas bilheterias. 

O ex-presidente dos EUA Donald Trump conseguiu vender sua segunda coleção de NFTs em tempo “recorde” que levantaram US$ 4,6 milhões desde o lançamento na terça-feira (18), de acordo com a Forbes. No entanto, demonstrações financeiras indicam que a fatia do ex-­presidente na receita de seu primeiro lote multimilionário de NFTs pode ter sido menor do que o esperado. 

Ainda no espaço de tokens não fungíveis, Nathaniel Chastain, ex-diretor de produtos do marketplace de NFTs OpenSea, será julgado em 24 de abril sob acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, segundo o Decrypt

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O Departamento de Justiça dos EUA classificou o processo contra Chastain como o primeiro esquema de negociação com informações privilegiadas envolvendo ativos digitais. No entanto, há uma questão de precedente, já que os ativos mencionados não são definidos como valores mobiliários nem commodities, argumentaram os advogados de Chastain. 

Mas em memorando na quarta-feira (19), o juiz distrital dos EUA, Jesse M. Furman, negou uma série de moções apresentadas por ambos os lados no caso e disse: “Os argumentos de Chastain sobre o uso do termo ‘insider trading’ são discutíveis. 

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