O Bitcoin atingiu um recorde histórico este ano, principalmente graças à aprovação de ETFs de Bitcoin à vista nos EUA e, mais tarde, após a eleição de Donald Trump — embora outros criptoativos tenham apresentado desempenho superior.
O Decrypt realizou uma análise usando dados do CoinGecko e da Nasdaq para identificar as criptomoedas com melhor desempenho. Para se qualificar, os ativos precisavam de uma capitalização de mercado inicial de pelo menos US$ 500 milhões, observada de 1º de janeiro a 17 de dezembro.
Outros investimentos relacionados a ativos digitais, incluindo os de grandes empresas, também se saíram muito bem. Confira a seguir os ativos de melhor desempenho deste ano.
Pepe, a memecoin campeã desse ano
Uma das mais recentes memecoins que se situa próxima ao topo do mercado, a Pepecoin (PEPE), foi lançada no ano passado. O token é baseado no Pepe the Frog (Pepe, o Sapo), um desenho animado da Internet que mais tarde foi rotulado como símbolo de ódio pela Anti-Defamation League, depois que grupos de extrema direita estranhamente o adotaram.
A Pepe atingiu um novo recorde histórico em dezembro. O token baseado em Ethereum começou o ano com uma capitalização de mercado de US$ 590,8 milhões, mas chegou a US$ 9,4 bilhões em 17 de dezembro — um aumento de 1.492%.
A Pepe ganhou as manchetes — no típico estilo meme — por seu aumento absurdo de valor e por ter enriquecido um pequeno número de traders. Mas, ao contrário de muitos ativos no espaço bizarro dos tokens de meme, ela continuou subindo e agora é a 28ª maior criptomoeda em valor de mercado.
Sui (SUI), a altcoin rainha
Não faz muito tempo que a pouco conhecida Sui (SUI) entrou em cena: Lançada em maio de 2023, a blockchain foi desenvolvida por ex-engenheiros da Meta e agora tem uma comunidade DeFi agitada usando sua rede rápida.
O token SUI, nativo da Sui, de blockchain rápida, cresceu muito este ano. Em janeiro, sua capitalização de mercado era de US$ 925 milhões. Um aumento de 1.193% significa que, em dezembro, ela havia atingido quase US$ 12 bilhões. A SUI é agora a 18ª maior criptomoeda por valor de mercado.
Ações de Bitcoin vencedoras da MicroStrategy (MSTR)
A empresa de software de Michael Saylor apostou tudo no Bitcoin este ano — e as ações da empresa mostram que ela estava sendo negociada por menos de US$ 70 por ação no início do ano.
Em dezembro, ela havia quintuplicado — chegando a US$ 386. Isso representa um aumento de 464% e é melhor do que tudo na Nasdaq, inclusive a Nvidia.
A MicroStrategy era anteriormente uma empresa de software silenciosa. Em seguida, começou a comprar Bitcoin em 2020 e se rebatizou como uma “empresa de tesouraria Bitcoin”. Este ano, a entidade sediada em Tyson, Virgínia, acelerou suas compras de da criptomoeda, prometendo aos especuladores o melhor negócio para a exposição ao Bitcoin.
Os investidores — incluindo fundos de hedge que buscam obter retornos voláteis — se juntaram às ações.
Dogecoin
A memecoin original. Criada como uma piada para tirar sarro da quantidade absurda de altcoins que estavam sendo cunhadas, a Dogecoin (DOGE) é agora a sétima maior criptomoeda por valor de mercado.
Sua capitalização de mercado deu um salto de 342% este ano e agora está em US$ 45,9 bilhões. O aumento do Bitcoin certamente ajudou.
O CEO da Tesla, Elon Musk, é o principal responsável por isso: o homem mais rico do mundo postou com frequência sobre o ativo digital em 2020-2021, e o fez novamente este ano em meio a especulações de que a moeda seria usada em sua plataforma X.
XRP, a que deu a volta por cima
O XRP teve um ano forte. O token facilita as transações na rede Ripple, que oferece às instituições uma solução de blockchain para pagamentos internacionais.
A capitalização de mercado do token subiu tanto que agora é a quarta maior criptomoeda, aumentando 286% de US$ 34 bilhões para US$ 131,2 bilhões. Ela foi brevemente a terceira maior neste mês, ultrapassando a Tether; e em 1º de janeiro deste ano, era a sexta.
A moeda ganhou as manchetes por suas negociações com as autoridades. A SEC atingiu a Ripple com um processo de US $ 1.3 bilhão em 2020, alegando que a empresa vendeu valores mobiliários não registrados a investidores para levantar fundos.
Mas no ano passado, a empresa obteve uma vitória parcial contra o regulador, quando um juiz determinou que as vendas programáticas de XRP em exchanges cripto para investidores de varejo não se qualificavam como valores mobiliários.
A decisão foi interpretada como uma vitória da Ripple — e do setor de cripto como um todo — apesar de o juiz ter decidido que US$ 728 milhões em tokens para vendas institucionais constituíam vendas de valores mobiliários não registrados.
O iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock
Vamos chamar esta de uma menção honrosa, dado o título deste artigo. Foi um ano incrível para o Bitcoin, e a maior gestora de ativos do mundo desempenhou um papel importante ao tornar a maior e mais antiga criptomoeda disponível para todos por meio de um ETF.
O iShares Bitcoin Trust é um veículo de investimento tradicional que permite aos investidores comprar e vender ações que acompanham o preço do Bitcoin. As ações são negociadas na Nasdaq.
Quando começou a ser negociado em janeiro, o IBIT bateu recorde após recorde com o volume de negociação e os fluxos de entrada: em dezembro, tinha mais de US$ 50 bilhões em ativos sob gestão, atingindo a marca em apenas 228 dias — mais rápido do que qualquer outro ETF da história.
Vários outros grandes gestores de ativos também têm ETFs de Bitcoin em negociação, mas o produto da BlackRock tem sido o mais bem-sucedido.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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