O CEO da exchange de criptomoedas Buda.com, Alejandro Beltrán, publicou uma carta aberta direcionada ao presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez. Após ter a conta bancária de sua companhia encerrada, o empresário busca apoio do chefe de estado do país, que tem promessas favoráveis ao mercado de criptomoedas.
No início de junho, a conta corporativa da exchange no Bancolombia foi fechada abruptamente, sem dar explicações aos responsáveis pela Buda.com. O banco seguiu a mesma atitude que instituições financeiras no Chile, que também tinham a exchange como cliente. Entretanto, as contas foram reabertas pela Justiça nesse país.
Apesar de atrasos nas transferências de valores, usuários da plataforma não foram prejudicados com o bloqueio graças às reservas que a exchange possuía fora do banco, segundo informou o Diario Bitcoin.
Na Colômbia, as atividades da Buda estão paralisadas enquanto não há como realizar operações bancárias. Em busca de apoio pela política, Beltrán escreveu a carta a Ivan Márquez, que foi empossado no Poder Executivo em 7 de agosto. Ele escreve:
Esta carta, senhor presidente, é para gentil e veementemente pedir pela sua intervenção nesse grande problema para reabrir nossas contas bancárias. Não pedimos tratamento especial ou exceções. Requeremos apenas que tenhamos acesso a um serviço básico para funcionarmos, como qualquer empreendedor que inicie uma ideia com impacto positivo na sociedade.
Segundo o Bitcoin.com, diversos bancos colombianos estão encerrando contas de clientes que tenham qualquer relação com criptomoedas.
A campanha eleitoral de Iván Duque Márquez teve vários pontos envolvendo criptoativos. Um deles foi a proposta de isentar startups do ramo de moedas digitais durante os primeiros cinco anos desde a fundação. O intuito é criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do setor para gerar empregos.
Beltrán elogia, em sua carta, o plano político do novo presidente. Ele escreve que recebeu “com grande entusiasmo a promessa de promover o desenvolvimento de novas tecnologias na Colombia”, enquanto a “pressão do governo anterior forçou-os a encerrar suas contas bancárias”, prejudicando os quase 40 mil clientes da exchange.
O presidente da Colômbia não se pronunciou sobre a carta.
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