Imagem da matéria: Exchange é acusada pelo Wall Street Journal de colaborar com lavagem de dinheiro
(Foto: Pixabay/Pexels)

Uma investigação jornalística conduzida pelo The Wall Street Journal identificou a exchange de criptomoedas ShapeShift como corroboradora de lavagem de dinheiro. O jornal afirma que os serviços de troca entre criptoativos de forma anônima são usados por hackers procurando se esquivar de investigadores.

A ShapeShift tem seu registro comercial inscrito na Suíça, país conhecido por ter leis que permitem que clientes mantenham relações de total anonimato com empresas, dificultando investigações de lavagem de dinheiro.

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Entretanto, o escritório e as operações da exchange ocorrem na cidade de Denver, no estado americano do Colorado, num prédio comercial ocupado por diversas startups e empresas do ramo da maconha, segundo a reportagem publicada na última sexta-feira (28).

O endereço operacional da ShapeShift pode abrir pretexto para a empresa se enquadrar às regulações dos Estados Unidos. O fundador e CEO da companhia Erik Voorhees, assim como o Chefe de Operações também posuem endereço em Denver.

O sistema da Shpashift permite que usuários anônimos convertam bitcoins, que podem ser rastreados por autoridades, por criptoativos muito mais difíceis de se investigar a origem, como o Monero. A reportagem do jornal nova-iorquino identificou que passaram pela empresa cerca de US$ 9 milhões vindos de atividades criminosas nos últimos dois anos.

Os pesquisadores de segurança descobriram que os hackers envolvidos no ataque global de ransomware, em 2017, devem ter trocado os milhões de dólares em bitcoins roubados por Monero dentro da ShapeShift.

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Os criminosos, possivelmente de origem norte-coreana, teriam se livrado do rastreamento do blockchain que há na estrutura do bitcoin, ficando impunes.

Para estimar a quantidade de bitcoins de origem criminosa na exchange, os investigadores desenvolveram programas de computadores que acompanharam fundos em criptomoeda de mais de 2500 casos de fraudes, hacks, phishing e outras atividades criminosas. A análise, que contempla apenas uma fração do total de crimes envolvendo moedas digitais, identificou o equivalente a US$ 88,6 roubados que passaram pelas plataformas de 46 exchanges.

Voorhees não comentou na matéria sobre a segurança de sua empresa, mas é conhecido por ser radicalmente contrário às normas de identificação de clientes. Em maio, lembra o jornal, ele disse que “as pessoas não deveriam ter sua identidade capturada paras identificar um criminoso ocasional.”

Apesar do posicionamento do CEO, a Chefe Jurídica da ShapeShift, Veronica McGregor, disse em entrevista ao NewsBTC em setembro que a companhia começara a requerer identificação dos usuários a partir de 1º de outubro com o intuito de tirar o risco de sofrer abusos por parte de criminosos e sanções legais e regulatórias.

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