Gutemberg dos Santos criador da piramide Airbit Club
Foto: Divulgação

O brasileiro Gutemberg dos Santos, fundador do esquema de pirâmide com criptomoedas Airbit Club, foi sentenciado na quarta-feira (4) nos EUA a apenas 40 meses de prisão por sua participação no esquema fraudulento, segundo informações do site Law360. Gutemberg foi preso e extraditado do Panamá para os EUA Unidos no final de 2020 e desde então esteve detido pelas autoridades americanas.

O brasileiro, que possuía cidadania americana e tinha um acordo com a Justiça dos EUA desde 2021, quando se declarou culpado, respondia por lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e fraude bancária, crimes que podem levar até 30 anos de prisão no país.

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A pena é menor que a de seus parceiros no golpe, cujo movimento financeiro proporcionou aos acusados cerca de US$ 100 milhões em ativos, segundo o DoJ. Na semana passada, Pablo Renato Rodriguez, que é um dos criadores da fraude, pegou 12 anos de prisão.

A Airbit Club era um esquema fraudulento de marketing multinível que usava criptomoedas como isca . Segundo o comunicado oficial do governo norte-americano, Rodriguez, que comandava o esquema junto com o Gutemberg, foi quem orquestrou o esquema criminoso que deixou prejuízos multimilionários em diversos países. 

“Em vez de investir em nome de investidores, Rodriguez escondeu o dinheiro das vítimas num complexo esquema de lavagem usando Bitcoin, uma conta fiduciária de advogado e empresas internacionais de fachada”, afirmou o procurador Damian Williams na época.

Na terça-feira (3) foi a vez da sentença dos outros envolvidos com a Airbit Club, que também se declaram culpados no decorrer do processo. Cecilia Millan, que era a principal divulgadora da pirâmide, foi condenada a cinco anos de prisão. Outra divulgadora, Karina Chairez, vai passar um ano e um dia atrás das grades.

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O advogado Scott Hughes, ‘responsável’ pela lavagem do dinheiro do golpe, foi condenado a dezoito meses de prisão. De acordo com um comunicado do Departamento de Justiça, a ré Jackie Aguilar, que também havia se declarado culpada,  faleceu antes da sentença e o caso contra ela foi arquivado.

Sobre as sentenças, o DoJ disse:

“Hoje por seus papéis em uma rede internacionalmente coordenada de fraude e lavagem de dinheiro que enganou indivíduos para que investissem no AirBit Club, uma suposta empresa de mineração e negociação de criptomoedas que era, na realidade, um esquema de pirâmide”.

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