Justiça determina busca e apreensão da polícia na casa do “Playboy do Bitcoin”

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Marlon Gonzalez Motta, que chegou a ser espancado em cobrança de dívidas, volta à boa vida (Foto: Reprodução)

A Justiça do Distrito Federal negou pedido de Habeas Corpus em favor de Felipe Fabiano da Cruz Rodrigues, que junto com Marlon Gonzalez Motta, conhecido como “Playboy do Bitcoin”, está sendo investigado por conta de um suposto golpe envolvendo a venda de 10 bitcoins. O prejuízo teria sido de mais de R$ 400 mil.

Não há informação de que os dois acusados estejam presos. Na decisão da juíza Verônica Torres Suaiden, da 3ª Vara Criminal de Ceilândia (DF), consta apenas que a polícia de Brasília estaria para cumprir uma determinação de busca e apreensão nas casas dos investigados.

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“A Autoridade Policial da 19ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal representou pelo deferimento de medida de busca e apreensão nos endereços vinculados aos representados”. 

Felipe Rodrigues e Marlon Gonzalez são acusados pelo crime de estelionato. O fato, porém, ainda está em apuração nos autos do inquérito policial nº 397/2020.

Golpe com Bitcoin

Segundo consta na mesma decisão, há uma ocorrência policial na delegacia do Guarujá (SP) que aponta que os dois suspeitos haviam negociado com a vítima a venda de 10 bitcoins, pelo preço de R$ 446.453,58, em agosto do ano passado.

De acordo com a ocorrência, os suspeitos não realizaram a transferência dos Bitcoins mesmo após ter ocorrido a transferência bancária pela vítima.

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“Sendo que o preço acertado foi pago em uma conta em agência do Bradesco, situada na cidade de Valença/BA, indicada pelos investigados, cujo titular era Paulo César”.

Felipe Rodrigues se defendeu dizendo que Marlon e ele é que teriam sido na verdade vítimas de extorsão. 

A Polícia afirmou, no inquérito, que essa não era a primeira vez que Marlon cometia golpes do tipo. Há a suspeita de que Paulo César, na verdade, tenha sido também uma outra vítima.

“Consta dos autos que Marlon já foi investigado pela prática do mesmo ‘golpe’ no IP nº 324/19 – DP e que, provavelmente, no caso em tela, a pessoa de Paulo César teve seus dados clonados para que o golpe fosse concluído”.

Pedido do MP atendido

O Ministério Público, então, se manifestou para que haja a busca e apreensão nas residências dos investigados em Águas Claras (DF) e Ceilândia (DF). O MP também argumentou que o caso deve ser analisado e julgado pela comarca de Valença (BA).

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Os pedidos foram atendidos pela juíza. Suaiden, no entanto, declarou que o único motivo que poderia impossibilitar a busca e a apreensão nas casas dos suspeitos seria a COVID-19, caso a medida não fosse realmente necessária, o que não foi o caso na visão da magistrada.

Sobre o declínio de competência da Justiça do Distrito Federal para a Justiça da Bahia, Suaiden afirmou:

“A leitura das peças que instruem os autos permite concluir que o crime se consumou na cidade de Valença/BA, conforme se verifica do IP 397/2020 – 19ª DP. Logo, a Circunscrição Judiciária da Comarca de Valença/BA é a competente para o processamento e julgamento do feito”.

Fama de golpista

Marlon Gonzalez Mattos, também conhecido como o “playboy do Bitcoin”, ficou famoso no ano passado quando teria criado um esquema para  enganar investidores de criptomoedas. A situação toda, então, veio à tona em meio a ostentação e luxo nas redes sociais.

Segundo o jovem empresário, a área de investimentos foi trocada pela de tecnologia e hoje ele vive escoltado, de carro blindado para sua segurança. 

Gonzalez chegou, então, até mesmo a ser sequestrado e espancado por dois clientes no ano passado que teriam sido enganados pelo jovem que ficou conhecido como o “playboy do bitcoin”. 

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Ele teria desfalcado investidores de bitcoin em pelo menos R$ 3 milhões com falsas promessas. O caso também envolveu policiais que acabaram presos.

Sua fama foi longe depois de ter aplicados golpes em jovens da alta classe que ele geralmente abordava em festas. Um deles chegou até mesmo levar o caso à Justiça, mas não houve qualquer efeito.


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