Imagem da matéria: Após calote de R$ 55 milhões, criador da Midas Trend lança novo projeto suspeito
Foto: Reprodução/Instagram

Depois do calote de R$ 55 milhões com a Midas Trend, Deivanir Santos — irmão do coach de finanças Devanney Vieira —, resolveu lançar um no produto chamado Dominus Money que envolve uma criptomoeda própria e a velha promessa do robô de arbitragem.

A diferença é que agora o cliente não compra bitcoin, mas esse um token sem qualquer valor no mercado.

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A Dominus Money, segundo o próprio Deivanir Santos, não é uma empresa nova, mas um dos “produtos” da nova Midas Internacional ou da Midas 2.0 — a mesma empresa que não vem pagando as promessas de investimentos. 

No último dia 15, ele anunciou por meio de um vídeo no Instagram o embaixador da nova empreitada: Ramon Pesce, que participou da Digital Money ou DMX, outro esquema que, apesar das promessas de riqueza aos investidores, não deu certo.

Midas Trend e novas promessas

No vídeo, Santos e Pesce apresentaram o produto como “um ótimo negócio para quem quer construir um negócio com baixo investimento e alta lucratividade”. 

O diretor da Midas Trend, Gabriel Fernandes, afirmou por meio do canal Sistema Arrow no YouTube que o novo negócio envolve até a criação de uma criptomoeda própria chamada DMBot .

“O Bitcoin é a evolução do dinheiro e a gente está trazendo a nossa própria cripto, que é nosso DMBot”.

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O enredo da história começa a ficar complexa quando Fernandes explica como funciona o investimento nas DMBots. O produto apesar de ser anunciado como token envolve venda de robôs de arbitragem.

“Tem o nosso DMBot1 que dá a possibilidade de colocar cem tokens em custódia. Esse token, você poderia emprestar para a empresa trabalhar”, disse.

Criptomoeda sem valor

Há diversos planos que vão desde o DMBot1, no qual a pessoa aplica US$ 30; ao DMBot4 que custa US$250. No plano mais simples a pessoa adquire 100 tokens e no de maior valor, 1.000. 

O que mudou foi que ao invés de Bitcoin, o investidor colocaria dinheiro num token que supostamente é lastreado em Ethereum, mas que não está em nenhuma corretora. Logo, não pode ser negociado no mercado.  

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O plano é seguir passando uma imagem de ostentação e sofisticação. Uma das propagandas da Midas Trend numa revista chamada “Nova Imagem”, é uma cópia da famosa “Cosmopolitan Nova”. 

Negócio arriscado

Numa das lives promovidas pelo Deivanir Santos, há uma em que ele diz que irá devolver apenas o valor que foi aportado, mas que para isso o cliente não poderia entrar com ação judicial.

“Só há duas maneiras de eu não pagar. uma é se me matarem e a outra é se entrarem na Justiça”, afirmou na época.

De acordo com Sacha Garcia, uma das vítimas da Midas Trend que luta para receber os mais de R$ 500 mil  que aportou na empresa, Santos está preocupado com a segurança dele e de sua família por conta de ameaças.

Apesar disso, Santos anunciou o seu plano recuperação no qual não há prazos e os pagamentos foram sendo postergados até que não houvesse mais nenhum tipo de confiança para que fossem cumpridos.

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