O fluxo de entrada de bitcoin nas exchanges ficou negativo pela primeira vez desde o dia 22 de abril, de acordo com os dados da Glassnode. Isso quer dizer que, depois de cinco semanas, mais criptomoedas estão saindo do que entrando nas corretoras, um possível sinal de que o pessimismo no mercado está perdendo força.
A média de sete dias do fluxo líquido das exchanges mostra que 7.597 BTC deixaram as plataformas neste período e fez o estoque da criptomoeda cair para 2,53 milhões de BTCs, apontou o CoinDesk.
A retirada de criptomoedas das corretoras significa que os detentores estão fazendo a própria custódia dos seus ativos, prevendo que não os colocarão em venda muito em breve. Em momentos de alta do mercado, o estoque de criptomoedas nas plataformas de negociação tende a se manter baixo.
Quando o contrário acontece, ou seja, há um fluxo de bitcoin voltando para as exchanges, é um sinal de que os investidores querem devolver suas moedas ao mercado, temendo que os preços caiam ainda mais.
Isso aconteceu na semana passada e atingiu um pico no dia 17 de maio, quando 10.628 BTC entraram nas corretoras, o maior fluxo visto desde março de 2020.
O movimento foi uma resposta às notícias negativas que atingiram a principal criptomoeda do mercado, provocadas primeiro pelo Elon Musk e em seguida pelo governo da China, e que causaram pânico entre os investidores iniciantes que venderam suas criptomoedas com perdas significativas.
O mesmo sentimento também ganhou força no mercado brasileiro que na quarta-feira passada (19) quebrou recorde ao negociar R$ 826,8 milhões em bitcoin em um único dia.
Depois que o preço do bitcoin bateu a mínima de US$ 32 mil naquele dia, o ativo voltou a se recuperar, mas ainda acumula perdas semanais de 4,5%.
O preço do bitcoin está estável nesta quinta-feira (27), mas ainda luta para se manter acima da barreira dos US$ 40 mil. Nas corretoras brasileiras, a criptomoeda é negociada a R$ 211 mil, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).