Imagem da matéria: Interpol caça ex-policial da Venezuela por sequestro e resgate em bitcoin; cúmplice foi preso no Brasil
à esq. Rafael Ángel Carrillo Rodriguez, mentor do sequestro; Junior Argenis Paez Peña segue sob custódia no Brasil. Imagem: Reprodução/Interpol

A Interpol procura o ex-policial venezuelano Rafael Ángel Carrillo Rodriguez, de 24 anos, suspeito de ter comandado um sequestro na Argentina no ano passado, cujo desfecho foi o pagamento de resgate de US$ 65 mil em bitcoin. Seu compatriota e cúmplice na ação criminosa, Junior Argenis Paez Peña, de 29 anos, foi preso no início deste mês no Brasil e aguarda o resultado de um pedido de extradição do governo argentino.

De acordo com os autos no Supremo Tribunal Federal (STF), a vítima, o empresário argentino Javier Moscuzza, foi sequestrado no dia 13 de outubro do ano passado quando estava a caminho do trabalho, em seu supermercado na cidade de Quilmes, que fica na província de Buenos Aires, Argentina. No meio do caminho, Rafael lhe pediu carona em sua caminhonete alegando que seu carro havia quebrado.

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Não demorou muito tempo para que Rafael sacasse um revólver e intimidasse Javier. “Rafael sacou uma arma de fogo e ameaçou Javier, dizendo que ele deveria lhe obedecer, pois do contrário iriam prejudicar sua família”, diz um trecho dos autos no STF.

Diante da situação, depois de um tempo rodando com o veículo, Javier foi obrigado a estacionar e os envolvidos então o obrigaram a subir em outro veículo, sendo então transportado para um imóvel onde foi mantido em cárcere, sob torturas e ameaças, relatou o Tribunal.

Durante todo o período de cárcere, os criminosos, dentre os quais se inclui Penã, coordenaram mensagens ao irmão da vítima, por Whatsapp, a partir de um número intermediário da Colômbia, de vídeos e mensagens extorsivos, exigindo dinheiro para sua liberação.

Seguindo instruções dos sequestradores, entre os dias 16 e 17 daquele mês, o irmão de Javier foi até uma galeria em San Nicolás, Buenos Aires, e realizou quatro transferências de bitcoin no valor de US$ 65 mil, segundo o La Nación, que disse que à princípio o pedido teria sido de US$ 650 mil.

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O empresário que estava mantido em uma casa em Los Hornos foi então libertado no dia seguinte, 18 de outubro, às 10h da manhã, diz o jornal. Além de Rafael, Jean Carlos Rivero Márquez também é procurado pela Interpol por participação no crime. A Justiça da Argentina inclusive já determinou o bloqueio de bens dos acusados.

Extradição para Argentina

O Processo de Extradição PPE 970, que corre em segredo de justiça, teve seu último registro na terça-feira (23), uma petição onde o Ministério da Justiça e Segurança Público presta informações.

No dia anterior, o registro do processo foi publicado no Diário Eletrônico daJustiça, onde não consta representação em favor do acusado que teve o pedido de prisão decretado em 02/12/2020 pelo Juízo Federal de Primeira Instância de Quilmes.

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