Incerteza na China por Evergrande faz Bitcoin (BTC) recuar para US$ 65 mil

Se o aumento da inflação nos EUA fez o bitcoin renovar sua máxima histórica, o temor de calote da Evergrande teve o efeito contrário
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(Foto: Shutterstock)

A quarta-feira (10) foi movimentada para o Bitcoin (BTC) que viu seu preço decolar para um novo topo histórico horas antes de desabar com o surgimento de uma nova onda de temor relacionada ao futuro da Evergrande.

O anúncio de que a inflação dos Estados Unidos aumentou 6,2% no ano no ritmo mais rápido visto em 30 anos, fez o bitcoin — um ativo financeiro visto como proteção contra a inflação — atingir recorde de preço de US$ 68.789 no fim da manhã passada, segundo o CoinMarketCap.

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Ao longo da tarde, a criptomoeda continuou sendo negociada acima dos US$ 68 mil, mas por volta das 16h iniciou um movimento de queda que culminou numa mínima no dia de US$ 64.050.

Na manhã desta quinta-feira (11), bitcoin melhorou um pouco seu desempenho, mas continua operando em queda de 2,5% nas últimas 24 horas, valendo agora US$ 65.200. No Brasil, o ativo é negociado por volta de R$ 365 mil, segundo o Índice do Portal do Bitcoin.

A desvalorização do bitcoin começou assim que se espalhou a informação de que a Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês afundada em dívidas, havia perdido o prazo para pagar juros de títulos pendentes. 

A credora alemã Deutsche Marktscreening Agentur (DMSA) declarou que a Evergrande estava oficialmente inadimplente e que abriria um processo de falência contra o grupo.

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No entanto, a Bloomberg revelou que o calote sugerido pela DMSA não era verdadeiro, já que a Evergrande pagou naquele mesmo dia US$ 148 milhões em juros vencidos sobre três títulos emitidos pelo grupo.

De qualquer forma, a notícia teve um impacto negativo no mercado de ações e, consequentemente, criptoativos como o bitcoin também registraram perdas no dia.

Altcoins voltam para o vermelho

A volatilidade do bitcoin está influenciando a maior parte das criptomoedas do mercado que voltaram para o vermelho nesta manhã.

O Ethereum (ETH) que ontem renovou sua máxima histórica para US$ 4.859, falhou em superar os US$ 5 mil e agora está sendo negociado por US$ 4,710, em queda de 0,7% no dia.

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Já a Cardano (ADA) enfrenta a maior desvalorização no dia entre as 10 maiores criptomoedas do setor, caindo 6,3% e valendo agora US$ 2,12. Mais cedo, a ADA chegou a bater uma mínima de US$ 1,94.

Outras altcoins também estão no negativo nesta quinta, incluindo a Binance Coin (-3,3%) Solana (-0,2%), XRP (-0,8%) e Polkadot (-5,4%) e Dogecoin (-5%).