Imagem da matéria: Homem tentou matar esposa e pagou assassino em corretora de bitcoin, diz FBI
Foto: Reprodução/NewsChannel

Um plano de assassinato assustador mostra que, embora o Bitcoin possa ser usado para financiar crimes hediondos, também pode ser a ruína de criminosos que não entendem como funciona.

A trama em questão envolve um homem do Tennessee, Nelson Replogle, que supostamente pagou um assassino que encontrou em um site de assassinato de aluguel para matar sua esposa, Ann. De acordo com o agente especial do FBI Clay Anderson, o Replogle enviou bitcoin ao suposto assassino junto com uma descrição do carro de sua esposa e um horário em que ela levaria seu animal de estimação ao veterinário.

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O agente Anderson ficou sabendo do esquema, estabelecido neste processo judicial, do xerife em Knoxville, TN, que lhe contou sobre isso após receber uma dica de funcionários da British Broadcasting Corporation (BBC). O agente do FBI então avisou Ann Replogle e seu marido, que alegou não conseguir pensar em ninguém que quisesse machucá-la.

O agente do FBI então pressionou a equipe da BBC – ele não disse como a BBC soube da trama – que forneceu detalhes adicionais, incluindo o endereço da carteira de Bitcoin que recebeu o pagamento por homicídio de aluguel. Anderson então recorreu a especialistas da Força-Tarefa Cibernética do FBI, que ajudaram a desvendar o caso analisando a blockchain do Bitcoin.

“A sede do FBI forneceu uma análise de blockchain da transação e foi capaz de determinar que as carteiras de blockchain usadas para pagar eram carteiras da Coinbase”, afirma Anderson.

O FBI então emitiu uma intimação à Coinbase para obter informações sobre as carteiras em questão. A empresa então deu uma resposta imediata dada a “ameaça à vida” – uma resposta que incluía não apenas o histórico de transações das carteiras, mas também o nome de Replogle e as fotos que ele havia usado para se inscrever no serviço.

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O FBI obteve não apenas esses detalhes da Coinbase, mas também o endereço de Internet que o Replogle havia usado para se conectar no momento das transferências. Usando essas informações, a agência, por sua vez, emitiu uma intimação ao provedor de internet, AT&T, que confirmou que a conexão veio da casa de Replogle.

As informações fornecidas pela Coinbase também revelaram o nome do banco que o Replogle havia conectado à sua conta. O banco confirmou que Replogle havia usado sua conta poupança pessoal para financiar as compras de Bitcoin para o assassino.

O FBI, entretanto, não foi capaz de identificar o assassino ainda. O motivo é quase certo porque o assassino não usou um serviço comercial como o Coinbase, que deve obedecer às leis do tipo “Conheça seu Cliente (KYC)”, para as transações de Bitcoin, mas, em vez disso, confiou em sua própria carteira pessoal – que não revela nenhuma informação sobre sua identidade.

O caso ressalta como o Bitcoin pode ser usado de uma forma amplamente anônima, embora o blockchain, mesmo assim, revele todas as transações que ocorrem na rede. Também revela como supostos criminosos como o Replogle, que usam um serviço como o Coinbase para atividades nefastas, correm o risco de levar as autoridades policiais até a sua porta.

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Enquanto isso, a aplicação da lei está entrando com um número cada vez maior de solicitações na Coinbase. De acordo com o relatório de transparência mais recente da empresa, essas solicitações aumentaram 17% apenas nos últimos seis meses e totalizaram mais de 4.000 no ano passado.

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