Jason William Siesser, morador da cidade de Columbia, no Missouri (EUA), foi condenado a 12 anos de prisão por tentar comprar armas químicas com bitcoin em sites da deep web. Segundo o Departamento de Justiça (DoJ), os produtos de sua lista se usados poderiam matar até 300 pessoas, diz a publicação de terça-feira (06).
O réu havia sido preso em 2018, quando a polícia acompanhou a entrega controlada de um produto — inerte a reações químicas — em sua residência. “Siesser acreditava que o pacote continha a arma química que ele havia encomendado, assinou o pacote e levou-o para dentro da residência”, descreveu o DoJ.
A polícia então fez buscas em na residência e localizou em uma prateleira duas caixas recebidas pelo correio que ainda estavam fechadas. No interior da casa, os agentes também encontraram vários escritos que sugerem que o então acusado passava por momentos de raiva e ressentimento por uma pessoa.
Leia Também
“As caixas continham aproximadamente 10 gramas de arseneto de cádmio, um composto tóxico, que pode ser mortal se ingerido ou inalado; aproximadamente 100 gramas de cádmio metálico; e aproximadamente 500 mL de ácido clorídrico”, disseram os promotores na nota. Uma fatura das compras denunciou que o pedido havia sido feito em março daquele ano.
Depois de preso, ele confessou o crime no tribunal afirmando que tentou adquirir uma arma química em duas ocasiões, entre 14 de junho e 23 de agosto de 2018. “Siesser encomendou três unidades de 10 mL da arma química em 5 de agosto de 2018. Ele pagou novamente pelo pedido com bitcoin, o equivalente a US$ 150”, diz a publicação.
O julgamento ainda contou com o agravante de roubo de identidade, já que Siesser teria usado o nome de dados de outra pessoa para realizar os pedidos.
“Ele forneceu um endereço de entrega em nome de um jovem, cuja identidade usou sem autorização, para fazer os pedidos de um produto químico altamente tóxico em quantidades capazes de matar muitas pessoas. Siesser pagou pela arma química com a criptomoeda digital conhecida como Bitcoin”, explicou o órgão para justificar o desfecho que culminou em 12 anos de prisão federal sem liberdade condicional ao americano.