Homem é condenado por usar informação privilegiada para lucrar com criptomoedas

Autoridades estimam que esquema teve lucro superior a US$ 1 milhão comprando tokens antes que eles fossem listados na Coinbase
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Foto: Shutterstock

O irmão de um ex-funcionário da Coinbase foi condenado por seu papel em um esquema insider trading na corretora de criptomoedas mais popular nos EUA.

“Insider trading”, ou informação privilegiada, é a expressão em inglês para quando uma pessoa tem acesso a uma informação que o restante do público não possui, e usa esse dado para conseguir lucros em investimentos. Trata-se de um crime, previsto em lei, que desequilibra o mercado.

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Nikhil Wahi, irmão do ex-gerente de produtos da Coinbase, Ishan Wahi, se declarou culpado em setembro de uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica. Em uma ordem assinada em 4 de janeiro, a juíza distrital dos Estados Unidos, Loretta Preska, sentenciou Wahi a 10 meses de prisão.

Os promotores disseram no ano passado que Ishan Wahi, enquanto funcionário da exchange de criptomoedas de São Francisco, supostamente forneceu informações sobre as próximas listagens de tokens na Coinbase para seu irmão Nikhil Wahi e seu amigo, Sameer Ramani.

O irmão de Wahi e Ramani usaram esse conhecimento para comprar os tokens antes que a Coinbase anunciasse suas listagens e depois vendê-los com lucro, afirmam os promotores.

Pela popularidade que a Coinbase carrega, os ativos digitais costumam valorizar quando a plataforma anuncia sua disponibilidade — fenômeno conhecido como “efeito Coinbase”.

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Os promotores dos EUA chamaram este de o primeiro caso de insider trading envolvendo criptomoedas. Segundo as autoridades, o trio lucrou US$ 1,1 milhão com o esquema. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) também entrou com ações civis contra o trio sobre o suposto insider trading.

Enquanto Nikhil Wahi se declarou culpado, seu irmão que trabalhava na Coinbase disse ser inocente das acusações.

A Coinbase, uma empresa de capital aberto, é a maior exchange de criptomoedas dos Estados Unidos. A empresa anunciou hoje que estava demitindo 20% dos funcionários, quase mil pessoas, citando “condições de mercado em andamento”.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.

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