bitcoin brasil
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O hedge fund brasileiro Gauss Capital assumiu uma posição pioneira no mercado de investimentos e disse, em carta de seu fundo multimercado, ter investido — e lucrado — com posições compradas em bitcoin.

“O Fundo obteve ganhos nas posições compradas em NTNBs curtas e crédito local, tomadas na inclinação e FRA de juros de países desenvolvidos e compradas no Bitcoin, enquanto as perdas foram registradas nas posições compradas no real, em bolsas e no ouro”.

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Como o fundo possui como se fosse uma cesta de ativos, a criptomoeda representou uma parcela de performance positiva de 0,28%. Já o Real (BRL) provocou perdas de 0,88%.

A carta do Gauss II FIC FIM, cujo patrimônio líquido de R$ 1,4 bilhão, não mostra o valor da compra do ativo, mas afirma que a posição comprada foi mantida dado o momento de afrouxamento monetário e estímulos fiscais gigantescos pelo mundo.

“Na nossa avaliação, estas medidas estimulativas de proporções sem precedentes na história acabam empurrando esse equilíbrio para cima e
eventualmente dramatizando movimentos de valorização de ativos com algum nível de escassez”, diz a carta.

No podcast da empresa, os gestores dizem que a tese do momento é a valorização dos ativos escassos e comentam brevemente sobre a mineração a a escassez do bitcoin.

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“Cada vez mais hedge funds locais vão usar o Bitcoin como diversificação de portfolio pelas ótimas características do ativo em momento de risco inflacionário. E sei que tem alguns administradores olhando este assunto com carinho”, acredita Alexandre Vasarhelyi, portfólio manager.

Pioneirismo com bitcoin

Trata-se de uma novidade pois é a primeira vez que um hedge fund nacional adota o bitcoin como uma posição mais tática.

“Hashdex e QR, por exemplo, são fundos que compram e mantém uma posição em criptomoedas. Mas um hedge fund pode comprar esse mês e vender no próximo. A Gauss já está olhando o bitcoin como um ativo como qualquer outro que pode contribuir para o retorno do fundo”, disse Lorenzo Frazzon, fundador da Passer Investimentos.

Para Frazzon, trata-se do novo normal no mundo de gestão de investimentos — alocação em criptomoedas para gerar um retorno para o fundo como um todo.

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A tendência já vem se consolidando há alguns meses nos Estados Unidos. Nomes célebres do mercado de fundos de investimentos, como Stanley Druckenmiller e Paul Tudor Jones defenderam a tese da alocação no ativo digital.

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