Imagem da matéria: Hackers invadem Light, no Rio, e pedem como resgate US$ 7 milhões em criptomoeda
(Foto: Shutterstock)

A companhia de energia Light, que atende cerca de 4 milhões de pessoas no Rio de Janeiro, entrou para o rol de empresas alvo de ataques hacker. A ação ocorreu na última terça-feira (16) e criptografou arquivos do sistema Windows.

De acordo com portal VejaRio, os hackers pediram um resgate de US$ 7 milhões para liberar os arquivos novamente, a serem pagos em Monero (XMR) dentro de 48 horas. Essa criptomoeda, ao contrário do bitcoin, tem uma tecnologia que a torna praticamente impossível de ser rastreada.

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Ainda segundo a VejaRio, o sequestro dos dados não causou problemas no abastecimento de energia. No entanto, afeta a área administrativa da empresa e pode prejudicar questões como faturamento e cobranças.

Em nota enviada à reportagem, a Light confirmou ter sido alvo do ataque na madrugada de terça e que vem tomando as medidas necessárias. “O ataque foi identificado prontamente e não causou qualquer reflexo no abastecimento de energia, afetando um número limitado de computadores da empresa”.

A companhia de energia também informou que não faria comentários adicionais sobre o incidente.

Comentários em redes sociais

Usuários da companhia reagiram com ironia ao ataque sofrido pela Light. A postagem feita pela empresa no Facebook informando da ação é acompanhada de comentários de clientes que aproveitaram o ensejo para fazer reclamações diversas sobre o serviço de energia.

“Estou sofrendo ataque financeiro por parte da Light. Todas minha contas em dia e a Light me cobrando ajuste”, disse um usuário identificado como Denis Marcone da Silva.

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O cliente Thiago Freitas também ironizou a companhia de energia. “Pois é.. tomara que esse ataque faça diminuir as contas.. porque tá um absurdo mesmo”.

“Tinha que afetar a parte em que coloca nossas contas lá nas alturas, sem ser o que consumimos de energia!!!”, se queixou outra usuária, Ana Carla Coutinho.

Outra cliente, identificada como Ane Siqueira, também criticou a empresa ao comentar a postagem sobre o ataque. “Esperamos que com isso não venham fazer cobranças indevidas, alegando que não constam pagamentos no sistema. Da light eu espero tudo, inclusive nada”.

Algumas das respostas são acompanhadas de tréplicas do perfil da Light na rede social, na qual pede mais informações sobre as queixas e faz indicações de canais de atendimento.

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Situação cada vez mais comum

Os ataques cibernéticos expõem uma situação que tende a se tornar cada vez mais corriqueira, independente do local e do tamanho da empresa ou instituição. E que demanda atenção e ações constantes de aprimoramento de segurança digital.

Em abril, a empresa portuguesa de energia EDP, que também opera no Brasil, foi alvo de ataque de hackers que exigiram 1.580 bitcoins como resgate — um valor que na época equivalia a R$ 55 milhões.

Embora seja rastreável — ao contrário do Monero, exigido pelos hackers que atacaram a Light —, o bitcoin costuma ser o meio mais adotado como forma de pagamento pelos resgates. Isso porque a criptomoeda, por ter maior aceitação do que outras, permite uma realização mais fácil em moeda fiat, por exemplo.

Ao longo de 2019, segundo a consultoria Chainalysis, operações fraudulentas movimentaram um total de US$ 2,8 bilhões em bitcoin que passaram por exchanges.


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