O site da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan) foi alvo de um ataque hacker na noite de segunda-feira (13). De acordo com o Estadão, os cibercriminosos tiveram acesso ao sistema, sequestraram emails e pediram resgate em criptomoedas.
Não se sabe qual criptomoeda foi solicitada pelos hackers nem a quantidade exigida. No entanto, a instituição não pagou.
“Mesmo que tivéssemos criptomoedas não pagaríamos”, disse à reportagem o presidente da Abdan, Celso Cunha, que tenta recuperar as informações. Ele falou que vai denunciar o caso aos órgãos competentes.
Conforme o texto, todos os emails recebidos pelo site brasileiro de energia nuclear foram sequestrados, inclusive os incluídos mais recentemente. Eles foram adicionados por meio de inscrições em um evento da instituição que está próximo.
Segundo Cunha, os cibercriminosos tiveram acesso aos emails usados para a inscrição no mundial do setor de energia, World Nuclear University (WNU) 2019, que acontece no início de junho, em Brasília.
Devido ao incidente, o presidente pediu para que os interessados refizessem a inscrição, supostamente para que suas credenciais não sejam afetadas.
Sobre a Abdan
A Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares é uma entidade sem fins lucrativos. Segundo informações no site da instituição, a Abdan reúne a maioria das mais importantes empresas que participam das atividades nucleares no Brasil.
Essas empresas são de vários segmentos, como de bens de capital, de construção e montagem, do setor de consultoria e engenharia, de operação de usinas e de unidades fabris de sistemas e equipamentos.
No Tocantins, resgate foi em bitcoin
No mês passado, a Câmara de Vereadores de Palmas, no Tocantins, teve seu sistema interno invadido por hackers, onde os cibercriminosos pediram resgate em bitcoin.
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Na ocasião, a casa parlamentar disse que não iria pagar o resgate e que tinham backups de maior parte dos dados que foram hackeados. O valor ou a quantidade exigidos pelos hacker não foram divulgados.
Em Roraima foi pedido R$ 4.800 em BTC
Em outubro do ano passado, a Polícia Civil de Boa Vista, em Roraima, registrou a ocorrência de um ataque cibernético a uma empresa de contabilidade.
Os computadores ficaram todos comprometidos quando houve a invasão hacker. Os cibercriminosos exigiram US$ 1.200 em bitcoin, que na época dava cerca de R$ 4.800, para liberar o sistema.
“Eles criptografaram todos os nossos bancos de dados. Nossa empresa presta serviço de contabilidade pública”, disse, na ocasião, um funcionário.
Outras invasões, cujos autores estão geralmente atrás de bitcoin, ocorreram no Brasil, como uma loja de produtos infantis, no Mato Grosso e uma Santa Casa no interior de São Paulo.
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