O Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Tesouro dos EUA sancionou nesta quarta-feira (20) a empresa de mineração de criptomoedas Bitriver e suas subsidiárias espalhadas em diversas jurisdições, por conterem laços com a economia russa.
As ações do OFAC, que é o departamento responsável pela lista de sanções dos EUA, fazem parte do esforço contínuo do governo americano para impedir que empresas russas acessem a rede financeira global após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Na lista atualizada, além da BitRiver e 10 de suas subsidiárias, o órgão também sancionou várias organizações, pessoas e entidades com potencial para ajudar a Rússia a driblar as sanções internacionais.
Pelo menos 60 entidades de diversos segmentos foram listadas, como o banco comercial russo Transkapitalbank e uma rede global de dezenas de entidades lideradas pelo oligarca Konstantin Malofeyev.
“O Tesouro pode e terá como alvo aqueles que driblam ou tentam driblar as sanções dos EUA contra a Rússia, pois, desta forma, eles ajudam na guerra brutal escolhida por [Vladimir] Putin”, disse no comunicado o subsecretário Brian E. Nelson, do departamento antiterrorismo do Tesouro americano.
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Alvo suíço
Sobre a ação contra a BitRiver, a nota do Tesouro disse tratar-se da primeira sanção a uma empresa de mineração de moeda virtual, tachando a indústria cripto russa como “supostamente a terceira maior do mundo”.
O alvo número um do OFAC foi a BitRiver RUS, cuja sede fica em Bratsk, cidade localizada na região de Irkutsk Oblast. No entanto, a maioria das subsidiárias sancionadas também ficam no território russo, com exceção da BitRiver AG, que fica na Suíça.
Ação do Tesouro americano contra BitRiver ocorre duas semanas depois da derrubada da operação russa de lavagem de dinheiro Hydra Market.
Durante uma ação conjunta com autoridades alemãs, agentes do FBI derrubaram servidores dos criminosos e apreenderam US$ 25 milhões em bitcoin.
No início do mês, o OFAC também sancionou a exchange de criptomoedas com sede na Estônia Garantex.