O governo dos Estados Unidos está com suas atenções voltadas para o mercado de criptomoedas e corretoras como a Coinbase, Bitfinex e Bitmart passaram a ser investigadas em algum grau pelos reguladores do país.
Coinbase, a exchange mais utilizada pelos norte-americanos, confirmou no seu reporte de resultados trimestrais divulgados na terça-feira (9) que alguns de seus produtos ofertados, como o staking de criptomoedas, estão sob a investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
“A empresa recebeu solicitações da SEC para documentos e informações sobre determinados programas de clientes, operações e produtos futuros existentes e pretendidos, incluindo os processos da empresa para listar ativos, a classificação de certos ativos listados, seus programas de staking, e seus produtos de stablecoin e geradores de rendimento”, diz trecho do relatório.
A empresa informa em seguida que, enquanto a história se desenrola, o impacto das possíveis investigações no resultado da empresa permanecem “incertos”.
“À luz das incertezas inerentes a esses assuntos, é possível que a resolução final de um ou mais desses assuntos possa ter um efeito material adverso nos resultados das operações da companhia para um determinado período”, avisa aos acionistas.
Após essas informações virem à tona, as ações da Coinbase caíram cerca de 10% na terça-feira. As revelações da Coinbase também se somam à informação da Bloomberg de que a SEC investiga se a corretora listou e permitiu que americanos negociassem ativos digitais considerados valores mobiliários.
Além da pressão dos reguladores, também afasta os investidores os resultados piores do que o esperado da Coinbase, que reportou um prejuízo líquido de US$ 1,1 bilhão no último trimestre.
Por fim, também pesa sobre a corretora as acusações criminais — algumas resultando em prisão — que ex-funcionários estão sofrendo nos últimos tempos.
Bitfinex e Bitmart
Nesta quinta-feira (10) também foi revelado que a corretora Bitfinex — parte do grupo pode estar sendo alvo de uma investigação criminal nos EUA.
Segundo o CoinDesk, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) negou um pedido de informações referentes à Tether Holdings Limited, sua controladora iFinex Inc. e suas subsidiárias, que incluem a Bitfinex, citando uma isenção impede a divulgação de “registros ou informações compiladas para fins de aplicação da lei, mas apenas na medida em que a produção de tais registros ou informações de aplicação da lei possa interferir nos procedimentos de execução”.
Por sua estreita relação com a Tether, empresa irmã e emissora da maior stablecoin do mundo, a Bitfinex enfrentou várias investigações de entidades criminais e civis nos EUA.
Além da Bitfinex, a corretora BitMart também parece estar em apuros. Na quarta-feira (10), a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) passou a investigar a exchange de criptomoedas BitMart sobre um hack em dezembro de 2021 que fez seus clientes perderem até US$ 200 milhões no inicidente.
Segundo a Bloomberg, esse caso marca a primeira investigação conhecida da agência relacionada ao mercado cripto.
O caso veio a tona quando a FTC emitiu uma ordem negando uma oferta dos operadores da BitMart Bachi.Tech Corporation e Spread Technologies LLC que tentavam frear os esforços da agência para obrigá-los a entregar informações.
Quer negociar mais de 200 ativos digitais na maior exchange da América Latina? Conheça o Mercado Bitcoin! Com 3,8 milhões de clientes, a plataforma do MB já movimentou mais de R$ 50 bilhões em trade in. Crie sua conta grátis!