A Guarda Nacional da Venezuela apreendeu 76 equipamentos de mineração de bitcoin e altcoins na semana passada, segundo nota divulgada no sábado (10) pelo órgão, subordinado ao Ministério de Defesa do país.
Conforme o comunicado, a força policial reteve os equipamentos durante uma abordagem na Ponte de Angostura, no estado de Bolívar (a Venezuela é dividida em 28 estados). O motivo alegado foi a presença de “inconsistências documentais”.
Os itens, segundo disse o comandante-geral Adolfo Rodríguez Cepeda para a imprensa oficial, eram transportados por um cidadão chamado Wilson Eduardo Olivares Ravelo, dentro de um veículo Ford da cor branca, modelo Triton. O destino era a cidade de Puerto Ordaz, também em Bolívar.
Como há suspeitas que Ravelo estivesse usando autorizações falsas para circulação, posse e operação dos equipamentos, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e à Superintendência Nacional de Ativos Criptografados e Atividades Correlatas (Sunacrip), que é um órgão regulador de criptomoedas do país.
Mineração legalizada
No final de 2020, o governo da Venezuela legalizou a mineração de bitcoin e altcoins no país e criou um ‘pool’ nacional para a prática. Por isso, só pode ‘extrair’ ativos digitais e validar transações quem tiver autorização.
De acordo com normativa publicada na época, é o governo o responsável por regulamentar utilização, importação, comercialização de equipamentos de mineração e até mesmo o reparo de pequenas peças.
É o Estado também que regulamenta o condicionamento de espaços para prestação de serviço de hospedagem de equipamentos.
O governo do país lançou até uma corretora de criptomoedas estatal chamada “Venezuela Exchange” (VEX), que vai dar suporte para a Petro – o ativo digital oficial da Venezuela – nos pares com bitcoin e litecoin, e para a dash, no par com a moeda fiduciária bolívar.