Um dos maiores bancos do mundo, o Goldman Sachs estima que o Bitcoin poderá continuar tomando uma parte do ouro como ativo de reserva de valor e assim chegar em US$ 100 mil a unidade.
Conforme reportagem da Bloomberg, o banco estima que o valor de mercado do BTC está em US$ 700 bilhões e isso já corresponde a 20% do mercado de “reservas de valor” (ativos nos quais as pessoas têm confiança de que irão valorizar ao longo do tempo).
O valor total do ouro disponível para investimento é de US$ 2,6 trilhões.
Zach Pandl, head de foreign exchange do banco, afirmou em uma análise que se o Bitcoin, em cinco anos, subir sua fatia para ser 50% dos ativos de reserva de valor, então seu preço deve bater no histórico e aguardado nível de US$ 100 mil.
O executivo ainda disse que apesar de a criação de bitcoin consumir muita energia, a demanda pela criptomoeda não irá diminuir.
Goldman Sachs e o Bitcoin
Em julho do ano passado, o Goldman Sachs revelou os resultados de uma pesquisa que mostrou que mais family offices estão se voltando para as criptomoedas como uma possível proteção contra a inflação, a desvalorização da moeda e eventos macroeconômicos imprevisíveis.
Mais de 150 family offices em todo o mundo foram entrevistados pela pesquisa. Dos entrevistados, 15% já possuem criptomoedas (entre os entrevistados americanos, esse número é de 25%), enquanto 40% estão preocupados com a desvalorização da moeda.
Em maio de 2021, o banco começou sua operação com derivativos de bitcoin, confirmando rumores de que a instituição iria retomar sua mesa de negociação de futuros de BTC. As informações foram da CNBC, que teve acesso a um memorando interno da companhia.
No documento, o banco informou ao seu pessoal de mercado que uma mesa de criptomoeda recém-criada negociou com sucesso dois tipos de derivativos vinculados ao bitcoin na modalidade NDF (Non Deliverable Forward), que é um contrato sem a entrega física da moeda, geralmente operado em mercado de balcão (OTC).
Em abril de 2021, o CEO do banco, David Solomon, flou sobre a criptomoeda: “À medida que as atividades nessas áreas [criptomoeda, blockchain e digitalização de dinheiro] progridem, haverá uma disrupção significativa e uma mudança na forma como o dinheiro se move ao redor do mundo”, disse ele.