Imagem da matéria: Genbit: o passado de Nivaldo Gonzaga e o primeiro esquema de fraude criado por ele
Nivaldo Gonzaga dando curso sobre a Índaco. Reprodução/Youtube

A popular frase ‘teu passado te condena’ pode ser direcionada a Nivaldo Gonzaga dos Santos, criador da Genbit, Zero10 e da controversa criptomoeda Treep Token (TPK). Nivaldo é o tipo de ‘empreendedor digital’ que provavelmente não sabe criar outra coisa além de pirâmides financeiras.

É o que mostra um vídeo publicado há cerca de quatro anos no Youtube. Nele, Nivaldo apresenta um treinamento da ‘Indaco Energia em Equilíbrio’, nome fantasia da ‘Arbor Brasil Servicos de Gestao Financeira’.

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A empresa, com sede em Indaiatuba (SP), foi registrada no sistema da Receita Federal em 2001 no nome do sócio e irmão de Nivaldo, Gabriel Tomaz Barbosa. O objetivo era vender pacotes de lojas virtuais — ou e-commerces.

Escola Genbit

Conforme um antigo perfil de Nivaldo no Facebook, a pirâmide da Índaco começou a despontar em meados de 2016.

Nela havia um sistema um tanto estranho, chamado de ‘Academia de Treinamento Índaco’ (ATI). Não se tem muitos detalhes, mas este era o segundo nível da pirâmide.

O negócio era baseado em três níveis: Loja Junior (ou consumidor), Loja Master e Loja Sênior — entende-se por ‘loja’ o vendedor ou seu e-commerce. 

O negócio era apresentado como ‘a tecnologia do futuro’. Para começar no negócio era preciso comprar um pacote que custava R$ 499; a Loja Master custava R$ 1.497 e recebia três pacotes.

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Contudo, Nivaldo sequer descreveu o funcionamento da ‘Loja’ e focou somente na construção de rede, do binária, comum nas pirâmides financeiras.

Na pirâmide, esses níveis vinham depois do ‘nível ATI’, que ficava com a maior parte. As lojas recebiam 10%, 20% e 30% por indicação. Havia outros tipos de ganho: venda direta e indireta; indicação de lojistas; bônus de expansão; bônus de formação de equipe.

Para viajar num Cruzeiro, por exemplo, era preciso juntar 1.000 pontos, indicando pessoas para o negócio. Uma Loja Master, por exemplo, recebe 100 pontos por indicação; uma Junior, 10.

Para conseguir embracar num Cruziero cliente tinha que junta 1000 pontos

O fato é que para enganar o investidor um tempo atrás não precisava de um produto “de ponta”, bastava fazer uma lavagem cerebral que o negócio estaria pronto, pois ficar rico é o desejo de todos.

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Um exemplo disso foi a Telexfree, que três anos mais cedo se edificou vendendo uma tecnologia para ligações internacionais em pleno funcionamento do WhatsApp no mundo. E muita gente sabia que um dia o negócio iria quebrar.

Genbit hoje

Atualmente, a Genbit amarga o insucesso da cartilha dos piramideiros, que já não funciona mais. A ideia de devolver os valores investidos em bitcoin em criptomoeda sem valor já não funciona mais.

Todo o escritório já foi entregue e poucas pessoas aidna acompnham a direção. O prédio que funcionava a Treepart foi praticamente abandonado por Gonzaga em meados de março deste ano.

Na quarta-feira (22), a diretoria do grupo Treepart enviou um comunicado aos clientes explicando o funcionamento do seu programa de vantagens e informando a data de pagamentos em TPKs.

O documento também aponta inverdades de que o grupo teria mudado o nome da moeda para continuar o golpe no exterior. 

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Aproveitou, também, para informar que agora conta o grupo conta com apenas três operadores, ante aos 70 colaboradores que trabalhavam na empresa.


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