Glaidson Acácio dos Santos, o "Faraó do Bitcoin"
(Foto: Reprodução)

Glaidson Acácio dos Santos, criador da pirâmide financeira GAS Consultoria, também conhecido como “Faraó do Bitcoin”, mandava assassinar concorrentes que montavam esquemas com criptomoedas através de um sistema bancado por ele que envolvia empresas de fachada, corrupção de autoridades – incluindo uma delegada – e até a “compra” de uma operação policial.

As informações são de uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, que foi ao ar no domingo (11).

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Conforme apurou o programa de televisão, Glaidson se transformou em uma espécie de “tubarão do extermínio” e montou uma organização bem estruturada, com armas, empresas de fachada, espiões e matadores profissionais. “Tudo coordenado por um setor de inteligência”, diz a reportagem, afirmando, por meio de áudios, que o Faraó era quem coordenava tudo em Cabo Frio, no Rio.

Em um dos áudios divulgados pelas autoridades, por exemplo, Glaidson cobra um dos sócios pela demora na execução de um novo homicídio. “Quinta-feira tinha sido marcado. Aí passou sábado, domingo, segunda, terça, quarta, acabou o dia, amanhã é quinta-feira.”

Em outro aúdio, é revelado que Glaidson monitorava o empresário e concorrente no ramo de criptomoedas Wesley Pessano, que foi asssassiando em julho de 2021 em São Pedro da Aldeia (RJ). Imagens revelam que Passano foi constantemente seguido e filmado pelo grupo criminoso até sua morte.

Segundo a reportagem, o custo para eliminar Passano teria sido de R$ 1 milhão. Mas outras tentativas de homícido teríam sido contratadas por R$ 200 mil, como a do empresário João Victor. Este, porém, estava em um carro blindado quando foi alvejado com tiros. Outra suposta vítima de Glaidson, Nilson dos Santos, o “Nilsinhnho”, também foi alvo do grupo, mas conseguiu sobreviver. Contudo, ele ficou com graves sequelas.

Pelo menos seis empresas faziam parte do esquema, sendo parte delas usadas para transferências de dinheiro e pagamento das contas da organização. Outra parte coordenava “a compra de armas, pagamento de seguranças e pistoleiros e contratação de detetives para monitorar as vítimas”.

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As ações de Glaidson contra os concorrentes também contavam com o apoio de policiais civis da Delegacia de Defraudações. Segundo a reportagem, o Ministério Público aponta cinco agentes, dentre eles o chefe dos investigadores Roberto Nogueira e a delegada Daniela Rebelo. Por meio deles, diz o Fantástico, a quadrilha conseguiu comprar, por R$ 100mil, a operação Oregon Enterprise, concorrente de Glaidson que atuava no mercado de criptomoedas.

Nesta segunda-feira (12), o portal G1 informou que, após essa nova denúncia, Glaidson será transferido para um presídio de segurança máxima. O site afirma tambpme que os policiais envolvidos no caso foram afastados dos cargos e tiveram o porte de arma suspenso. Já a defesa da delegada, concluiu a publicação, nega as acusações e diz que tudo ficará esclarecido no curso do processo.

Segundo o Fantástico, a defesa de Glaidson Acácio dos Santos disse que respeita as decisões judiciais, mas que irá recorrer assim que tiver acesso ao processo.

Confira a integra da matéria do Fantástico: https://globoplay.globo.com/v/11195298/

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