O colapso da Celsius continua se propagando pelo mundo das finanças.
O segundo maior fundo de pensão e seguro do Canadá, Caisse de Dépôt, havia investido US$ 150 milhões na Celsius nove meses antes de a credora de criptomoedas enviar seu pedido de recuperação judicial do tipo “Chapter 11” — para manter a empresa operando e pagar os credores ao longo do tempo.
Agora, o fundo pode ser deixado ao “deus-dará”.
O Caisse de Dépôt — cuja situação líquida era de US$ 419,8 bilhões no fim de 2021 — foi um dos principais investidores, junto com a empresa de capital de risco WestCap, na rodada “series B” — quantia concedida quando uma empresa atinge certos objetivos e não está mais na etapa inicial de desenvolvimento — de US$ 400 milhões da Celsius em outubro de 2021.
Essa arrecadação fez a credora cripto ser avaliada em US$ 3 bilhões.
“Isso é algo que levamos muito a sério e iremos comentar melhor no momento apropriado. Neste momento, a Celsius está envolvida em um processo complexo que levará um tempo para solucionar”, disse um porta-voz do Caisse à Bloomberg em julho.
A expectativa é que o fundo de pensão divulgue seu relatório semestral neste mês, destacando a dimensão do prejuízo.
No momento do investimento, o Caisse havia elogiado bastante a credora cripto, referindo-se a ela como uma “plataforma global e líder na tomada e concessão de empréstimos com criptomoedas”.
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O investimento seria supostamente usado para “expandir as ofertas [da Celsius] e produtos, conectando mercados de capital tradicionais com [os mercados] das criptomoedas”.
Reguladores investigam o colapso da Celsius
O fundo de pensão canadense provavelmente está cumprimentando menos a Celsius desde o colapso da credora em julho.
O desastroso fim da Celsius em julho deste ano reverberou por todo o mercado de criptomoedas e o mercado financeiro, com uma dívida de mais de US$ 5,5 bilhões a seus credores e clientes.
Dada a dimensão do fundo de pensão envolvido, a Québec Autorité des marchés financiers (ou AMF) — reguladora de mercados financeiros na cidade do Québec — e a Comissão de Valores Mobiliários de Ontário (ou OSC) deram início a uma investigação em conjunto com a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (ou SEC) para apurar seus respectivos territórios, segundo o jornal Financial Post.
A AMF e a OSC estão bastante interessadas em obter informações referentes ao número de usuários em suas regiões que utilizaram a plataforma de empréstimos e consequentemente foram vítimas de prejuízos financeiros.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.
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