Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da corretora de criptomoedas FTX
Sam Bankman-Fried, fundador e ex-CEO da corretora de criptomoedas FTX (Foto: Reprodução/YouTube)

O criador da falida corretora de criptomoedas FTX, o agora ex-bilionário Sam Bankman-Fried (SBF), manteve uma rota secreta – um backdoor, no termo em inglês – nos sistemas da exchange para poder mexer nos registros financeiros e movimentar fundos sem alertar outras pessoas, incluindo os demais executivos da FTX e autoridades da área de compliance (fiscalização).

Uma parte do dinheiro movimentado neste canal secreto, que inclui recursos de clientes da quebrada corretora, estaria desaparecido, o que pode ser um indício de corrupção na gestão de fundos do grupo. Reguladores do governo americano já anunciaram investigações sobre a companhia antes mesmo da revelação do sistema.

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A informação é de reportagem publicada neste sábado (12) pela agência de notícias Reuters, que cita duas pessoas com conhecimento do assunto.

Leia também: Mais de de R$ 3 bilhões são drenados da FTX; indícios apontam para ataque de hacker

A rota secreta de Sam Bankman-Fried teria sido criada com ajuda de um software customizado. Sua arquitetura seria tal que nem mesmo auditores externos seriam notificados de mudanças nos registros da FTX.

Segundo a Reuters, o empresário teria usado essa rota mais cedo nesta semana, no início da crise que derrubou a FTX, para transmitir cerca de US$ 10 bilhões – incluindo dinheiro de clientes – da FTX para o braço de investimento Alameda Research, para tentar estancar o sangramento que afetava a companhia. Por meio desse canal secreto, nenhum alerta foi emitado sobre a transferência.

No entanto, pelo menos US$ 1 bilhão dessa transferência estariam desaparecidos – uma das fontes da matéria chega a falar que o valor não contabilizado chagaria a US$ 2 bilhões.

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Sam Bankman-Fried – que renunciou na sexta-feira ao cargo de CEO do grupo FTX após a empresa ter pedido recuperação judicial nos EUA – negou à Reuters a existência da rota secreta.

Ele também disse discordar da forma como a transferência de US$ 10 bilhões estava sendo mostrada. Segundo ele, não houve movimentação secreta e sim “uma caracterização confusa de uma transferência”. Perguntado sobre o dinheiro desaparecido, ele se limitou a enviar à reportagem o sinal “???”.

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