“Fui roubado”: Hackers têm acesso a chaves privadas de investidor de NFTs

Arthur Cheong, que fundou a gestora DeFiance Capital em Singapura, diz que sofreu golpe de phishing
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Foto: Shutterstock

Arthur Cheong, fundador do DeFiance Capital, teve quase US$ 1,7 milhão em NFTs roubados de sua carteira na manhã desta terça-feira (22). Dentre os ativos levados pelo hacker — cerca de 60 — incluem cinco NFTs CloneXs, 17 Azukis, 33 Second Selfs, dois Hedgies e dois Tsubasas, segundo a empresa de segurança PeckShield

“Bom, isso me afeta bastante, mas fui roubado mesmo sendo um usuário de cripto razoavelmente sofisticado há cinco anos (usuário DeFi; com gestor de senhas; em grande parte, carteiras de hardware). Não tenho mais certeza de como posso persuadir a maioria das pessoas comuns a colocar uma parte significativa de seu patrimônio líquido em blockchain”, tuitou Cheong.

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O capitalista de risco acrescentou que a “provável causa principal” foi por meio de um e-mail de “spear-phishing” (ataque de roubo de informações direcionado ao fundador) que parecia ter sido enviado por uma das empresas no portfólio do DeFiance Capital.

Ao abrir o arquivo, o invasor supostamente obteve acesso à chave privada de uma das carteiras “quentes” de Cheong.

Etherscan, serviço de rastreio cripto, já rotulou o endereço cripto em questão como “Arthur0x Wallet Hacker”. Neste momento, o endereço possui mais de 589 ethers (ETH).

Uma carteira “quente” de criptomoedas está conectada à internet a todo o momento, tornando-as bastante vulneráveis a ataques.

São convenientes para transferir fundos por aí mas, conforme os recentes acontecimentos, não são ideais para o armazenamento seguro de altas quantias de criptomoedas.

Por outro lado, carteiras “frias” de criptomoedas são carteiras que não estão conectadas à internet. Incluem carteiras em papel e carteiras de hardware, que são dispositivos físicos que lembram a aparência de pen drives e continuam off-line. Elas não são à prova de hackers, mas oferecem um grau melhor de segurança do que carteiras quentes.

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O grande ano dos NFTs

É importante dizer que um entusiasta que conhece bastante as Finanças Descentralizadas (ou DeFi) entrou na onda mais recente dos NFTs. “Fui muito cuidadoso e só fiquei usando a carteira de hardware no meu computador até eu começar a negociar NFTs regularmente”, afirmou Cheong.

Porém, dado o auge de popularidade dos colecionáveis digitais, isso não é surpresa. Grandes marcas, que variam de Taco Bell à Budweiser, entraram para essa febre enquanto celebridades também se tornaram colecionadores de NFTs.

Tom Brady, estrela do futebol americano, até lançou um mercado NFT chamado Autograph com apoio financeiro do fundo Andreessen-Horowitz (ou a16z).

Se não for por sua crescente popularidade, um relatório recente da Nansen também indicou que NFTs podem estar inversamente correlacionados ao amplo mercado cripto. No entanto, essa correlação só parece acontecer quando NFTs são denominados em ether.

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Seja como for, o recente roubo a um criptoativo deve servir de lembrete para manter a atenção a qual parte do mercado usuários estão explorando.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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