Visão frontal do estádio FTX Arena
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A FTX Arena não existe mais. À medida que o contágio do colapso da corretora de criptomoedas continua a se espalhar, um juiz da Flórida retirou da FTX na quarta-feira (11) os naming rights para a casa do time de basquete da NBA Miami Heat.

A notícia vem depois de uma audiência em um tribunal em Delaware, onde os advogados da empresa disseram que os fundos vindos da formadora de mercado da FTX, a Alameda Research, financiaram o acordo de naming rights com o Condado de Miami-Dade, nos EUA, responsável pelo ginásio.

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O Condado já havia recebido aprovação para derrubar o uso do nome pela FTX depois que a exchange entrou com pedido de recuperação judicial em novembro de 2022. A decisão de quarta foi retroativa em relação a 31 de dezembro de 2022.

A ordem judicial finalizou a separação das partes e agora permite que os proprietários da agora Miami Heat Arena procurem novos licitantes e parcerias para o prédio.

“Seu objetivo de curto prazo, tanto ao apresentar sua própria moção quanto ao se tornar o destinatário da concessão desta moção, é que ela não será mais a FTX Arena”, disse o Analista Jurídico, David Weinstein, ao Local 10 News.

“Eles terão, é claro, quaisquer recursos que possam estar disponíveis sob o contrato para recuperar o dinheiro perdido. Mas, dada a natureza da forma como tudo aconteceu, penso que é uma daquelas situações em que se cortam os laços, tudo fica para trás e avançamos para o futuro.”

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Agora, acrescentou Weinstein, Miami-Dade terá que decidir o que o Condado fará com o dinheiro já recebido da corretora ou se terá que entregar o dinheiro ao tribunal de recuperação judicial que supervisiona o caso FTX.

“Isso se torna algo para o tribunal analisar como [Miami-Dade] obteve o dinheiro, se eles fizeram ou não sua devida diligência, se foram enganados como qualquer outro investidor neste suposto esquema Ponzi. E se eles têm ou não uma base de boa fé para dizer que recebemos esse dinheiro”, disse Weinstein.

Acordo da FTX com o Miami Heat

A instalação de US$ 213 milhões e 18 mil lugares foi inaugurada em 1999 como American Airlines Arena. Em março de 2021, o então CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, assinou um contrato de 19 anos com Miami-Dade, os proprietários da arena, por direitos de nomeação em um acordo no valor de US$ 135 milhões. Esse acordo teria fornecido ao Condado de Miami-Dade cerca de US$ 2 milhões por ano.

O acordo levantou suspeitas na indústria não só devido ao seu valor em dólares, mas também ao fato da FTX ter apenas dois anos de existência à época.

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“Foi um ano muito bom para nós. A ponto de, francamente, não precisarmos confiar nos outros 18 anos para ter os fundos para isso”, disse Bankman-Fried ao Decrypt durante uma entrevista no GM Podcast. “Então, tem sido um ano fenomenal para várias empresas e para a indústria cripto em particular. E também para nós, mais ainda. E assim, isso nos deu uma reserva muito grande.”

Os acordos de naming rights foram um movimento popular para as empresas cripto antes do início do inverno cripto de 2022.

Em novembro de 2021, a exchange de criptoativos rival, Crypto.com, assinou um acordo no valor de US$ 700 milhões com os proprietários do então Staples Center, a casa do Los Angeles Lakers e dos Clippers.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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