O FED, Banco Central dos Estados Unidos, acaba de anunciar mais um corte na taxa de juros americana. Desta vez, o corte foi de 0,5 p.p (0,5%), deixando os juros em 1,25%. A medida busca proteger e prolongar o mais longo ciclo de crescimento da história na economia norte-americana.

Com o aumento da contaminação do Coronavírus, as chances de uma recessão na economia mundial vêm aumentando. A China, uma das maiores economias do mundo, teve sua produção altamente afetada no último mês.
“O coronavírus apresenta riscos crescentes para a atividade econômica”, afirmou o Fed em comunicado. “À luz desses riscos e em apoio à consecução de suas metas máximas de emprego e estabilidade de preços, o Comitê Federal de Mercado Aberto decidiu hoje reduzir o intervalo de metas para a taxa de fundos federais em 0,5 p.p”.
Desde o final de 2018, o FED já havia anunciado sua postura mais “suave” em relação a taxa de juros. Isso foi comprovado com três cortes de juros em 2019. Desta vez, a votação para o corte emergencial foi unânime. O Fed também disse no comunicado que “os fundamentos da economia dos EUA continuam fortes”.
O que isso significa?
Para os formuladores de políticas econômicas existem duas maneiras de fazer uma economia crescer: através de políticas monetárias e fiscais. Quando o Banco Central anuncia um corte na taxa de juros, espera-se que a economia vai crescer, pois os juros estão baratos, facilitando o acesso a crédito para estimular consumos e investimentos.
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No entanto, se isso for feito de forma excessiva, poderá gerar distorções econômicas que resultam em graves recessões, pois taxas de juros abaixo do nível ideal podem distorcer variáveis de consumo, preços e investimentos, criando um descompasso entre produção e consumo.
Com o corte da taxa de juros, o S&P 500 disparou +5,7%. O S&P 500 é um dos maiores índices do mercado de ações nos Estados Unidos. No Brasil, o Ibovespa opera em alta de 1,5%.

*Texto escrito por Lucas Bassotto e publicado originalmente pelo site Investificar.