FBI prende empresário que enganou investidores ao criar um ‘banco de bitcoin’

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Acusado de enganar centenas de investidores e arrecadar US$ 4 milhões (cerca de R$ 15 milhões) em um esquema fraudulento envolvendo bitcoin e criptomoedas, Jared Rice, cofundador e CEO do AriseBank, foi preso pelo FBI na semana passada.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ), além dessa acusação, Rice também é alvo de uma ação civil proposta em janeiro deste ano pelo escritório regional da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) em Fort Worth, no estado do Texas (EUA).

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CEO do AriseBank

Segundo documento datado de fevereiro deste ano, a ação consta fraude de valores mobiliários e fraude eletrônica. A liminar foi usada como instrumento para citar o acusado.

De acordo com o DoJ, o texano supostamente mentiu aos investidores quando afirmou que o AriseBank teria respaldo da Agência Federal Asseguradora de Depósitos (FDIC), uma instituição federal dos Estados Unidos cuja principal função é a de garantia de depósitos bancários.

Ele também enganou as pessoas quando disse que poderia fornecer contas seguradas e serviços bancários tradicionais, incluindo cartões de crédito e débito Visa, além de serviços de criptomoedas envolvendo o bitcoin, a chamada principal para o negócio.

Rice apresentava o AriseBank como ‘a primeira plataforma bancária descentralizada’ baseada em seu token nativo ‘AriseCoin’.

‘Projetada’ para levantar US$ 1 bilhão, a Oferta Inicial de Moeda (ICO) começou em meados de dezembro de 2017 e foi originalmente programada para terminar em 27 de janeiro de 2018, quando, logo depois, a SEC mandou suspender, segundo a Reuters à época.

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Para atrair mais vítimas, ele alegava falsamente que a ICO havia arrecadado US$ 600 milhões em apenas algumas semanas. Na época, a startup ainda conquistou a confiança da lenda do boxe Evander Holyfield, que acabou endossando o projeto.

Rice, então, converteu os fundos dos investidores (Bitcoin, Ethereum, Litecoin e moeda fiduciária arrecadados com a ICO) para seu próprio uso, gastando o dinheiro com hotéis, alimentação, roupas e até com a contratação de um advogado.

“Meu escritório está empenhado em fazer cumprir a lei dentro do espaço das criptomoedas. O Distrito Norte do Texas não vai tolerar esse tipo fraude, seja dentro ou fora da internet”, disse a jurista americana Erin Nealy Cox.

O caso segue nas mãos dos promotores Mary Walters e Sid Mody. Se condenado, Rice poderá pegar até 120 anos de prisão federal.

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