Faraó do Bitcoin: MP cumpre mandado contra delegada acusada de receber propina do criador da GAS Consultoria

A delegada e outros quatro policiais civis supostamente foram pagos por Glaidson para perseguir uma empresa concorrente da GAS Consultoria
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Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como Faraó do Bitcoin (Foto: Reprodução)

Uma delegada do Rio de Janeiro está sendo investigada por supostamente receber propina de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó do Bitcoin, preso por deixar milhares de brasileiros no prejuízo por meio da GAS Consultoria, sua pirâmide financeira com criptomoedas.

A delegada chamada Daniela dos Santos Rebelo Pinto foi alvo nesta sexta-feira (9) de um mandado de busca e apreensão em um condomínio da Barra da Tijuca, cumprido pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), no âmbito da operação Novo Egito, um desdobramento da operação Kryptos que prendeu Glaidson em agosto do ano passado.

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Segundo o G1, a delegada é suspeita de ter recebido propina do líder da GAS Consultoria quando trabalhava na Delegacia de Defraudações (DDEF) da Polícia Civil. 

Junto com a delegada, o Gaeco também investiga outros quatro policiais civis pelo crime de corrupção passiva por realizarem uma diligência policial contra uma empresa concorrente da GAS Consultoria.

Informações sobre que empresa é essa, quanto eles receberam de Glaidson e o que foi confiscado na operação de hoje, não foram divulgados.  

Além da ação contra a delegada e os policiais civis, a investigação do Gaeco também descobriu que Glaidson contratou um pistoleiro para assassinar um concorrente, de acordo com O Globo

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O contratado em questão era um ex-policial militar chamado Wagner Dantas Alegre. Ele recebeu R$ 450 mil através de um intermediário para cometer o crime, mas não chegou a fazer o trabalho.

O Gaeco obteve do Tribunal de Justiça do Rio um mandado de prisão preventiva contra o ex-PM, mas ele segue foragido.  

Além dele, as ordens de prisão também foram feitas contra outros 12 investigados, além do próprio Glaidson, que já se encontra preso no Complexo de Bangu. No total, já são sete pessoas presas por envolvimento nos esquemas da GAS Consultoria.  

Os crimes que os detidos respondem vão de homicídio a crimes contra o sistema financeiro nacional.

Glaidson, preso e acusado de homicídio

Glaidson foi preso na manhã do dia 25 de agosto de 2021 no âmbito da Operação Kryptos. Na ocasião, outros membros do esquema foram presos, enquanto outros conseguiram escapar da polícia e fugir do Brasil, como a esposa de Glaidson, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.

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A GAS Consultoria captava clientes com promessas de rendimentos que supostamente viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, seu modelo de operação revelou ser uma pirâmide financeira, que desencadeou uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.

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