Executivos de banco venderam ações dois dias antes de fechamento; EUA vão investigar fraude

Segundo o Wall Street Journal, existe a suspeita de que os envolvidos tenham se aproveitado da fragilidade do Silicon Valley Bank (SVB) para faturar
Silicon Valley Bank

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O Departamento de Justiça dos EUA e a Comissão de Valores Mobiliários americana, a SEC, estão investigando o colapso do Silicon Valley Bank (SVB), de acordo com uma reportagem publicada nesta terça (14) no The Wall Street Journal.

As investigações incluem vendas de ações feitas pelos executivos do SVB pouco antes da quebra do banco, informou o WSJ. O Departamento de Justiça envolveu no assunto os seus analistas de fraude em Washington e San Francisco, acrescentou a matéria.

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Apenas duas semanas antes do colapso do SVB, seu CEO, Greg Becker, vendeu US$ 3,6 milhões em ações da empresa, mostram registros regulatórios.

Citando pessoas familiarizadas com o assunto, a reportagem diz que as investigações estão em suas fases preliminares e podem eventualmente não levar a acusações ou alegações de irregularidades.

Falências bancárias

Os reguladores da Califórnia fecharam o Silicon Valley Bank (SVB) na semana passada, depois que rumores de problemas de liquidez levaram a uma corrida bancária, com clientes tentando sacar US$ 42 bilhões em apenas um dia.

O fechamento do SVB foi a segunda maior falência bancária na história das finanças dos Estados Unidos, perdendo apenas para a queda do Washington Mutual em 2008.

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Uma longa lista de empresas de criptomoedas tinha exposição ao banco, que atendia à indústria de tecnologia e startups.

O colapso do SVB ocorreu depois que o grande banco Silvergate, que também atendia o setor cripto, anunciar seu fechamento. E poucos dias após o fechamento do SVB, os reguladores de Nova York decidiram liquidar o Signature Bank, que também tinha muitos clientes no setor de ativos digitais.

*Traduzido com autorização do Decrypt.