Exchanges do grupo Bitcoin Banco ficarão fora do ar por sete dias

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A partir da meia-noite de domingo (01), as exchanges TemBTC e NegocieCoins, ambas do grupo Bitcoin Banco, ficarão fora do ar. A promessa é que elas retornem ao ar em sete dias, conforme o comunicado divulgado pela empresa.

Segundo o texto, o objetivo da medida é a “parametrização e reformulação das exchanges, juntamente com a normalização dos pagamentos diários, a partir do processo de revalidação de cadastro dos clientes já ativos”.

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A empresa afirma serão implantados novas práticas para aumentar a segurança das operações e que oferecerá uma plataforma mais profissional. Diz também que a origem das mudanças foram de recomendações da empresa de auditoria EY.

Apesar das exchanges fora do ar, diz a nota, os escritórios em Curitiba e São Paulo estarão funcionando, assim como o chat de atendimento.

Crise do Bitcoin Banco

Desde o dia 17 de maio, o Bitcoin Banco vem segurando os saques dos clientes. A empresa afirmou que a crise ocorreu devido a uma invasão hacker, que gerou R$ 50 milhões de prejuízo.

Diante da crise, dezenas de pessoas entraram com processos contra os sócios da Bitcoin Banco e seu fundador, Claudio Oliveira. Em agosto, a grande imprensa começou a cobrir o caso e apelidou Oliveira, ironicamente, de “rei do bitcoin”.

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Além disso, o fundador do GBB teve o passaporte apreendido e a sede da empresa recebeu visitas da polícia para a realização de mandados de busca e apreensão.

Em junho, a Justiça do Paraná, por meio da 25ª Vara Cível de Curitiba, mandou intimar as empresas do grupo econômico, formado pela CLO participação e investimentos S/A; Grupo Bitcoin Banco; as exchanges Negociecoins e TemBTC entre outras a apresentar um documento produzido por uma auditoria externa independente a fim de atestar as supostas fraudes praticadas pelos requeridos.

Além disso, os saques suspensos motivaram aqueles investidores que não puderam ter acesso ao seu dinheiro e a tampouco às suas criptomoedas a entrarem com ações judiciais.

Numa outra ação, a Justiça mandou bloquear quase R$ 6 milhões das principais empresas do grupo. Contudo, as contas estavam vazias. O valor bloqueado foi de R$ 130 mil, sendo R$ 122 mil na BAT exchange.

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Em uma das ações, os carros de luxo do empresário chegaram a ser confiscados. As partes, contudo, chegaram a um acordo, que está em segredo de Justiça, e os veículos ficaram na garagem da empresa.