A Coinbin, exchange da Coreia do Sul de criptomoedas, anunciou que vai fechar, conforme nota em sua página oficial.
A exchange alega falência após ter sofrido um prejuízo de milhões de dólares, sendo grande parte causada por um ex-membro da equipe.
Outros fatores apontados para que a empresa do Coreia do Sul não tivesse dúvidas quanto ao encerramento foram, a falta de uma regulamentação e também dívidas oriundas da Youbit, exchange que a Coinbin assumiu no final de 2017 após a bolsa também ter decretado falência devido a roubos.
Park Chan-kyu, CEO da Coinbin, revelou que um funcionário, ex-CEO da Youbit e encarregado pelos fundos de criptomoedas na bolsa, desviou recursos da empresa.
Ele disse:
“Estamos nos preparando para pedir a falência devido a um aumento na dívida após a apropriação indébita de um empregado”.
O funcionário, segundo Park, moveu centenas de chaves privadas de bitcoin e intencionalmente se apropriou da chave de uma carteira Ethereum contendo mais de 100 unidades do criptoativo — o mesmo alegou que a chave havia sido perdida.
De acordo com o Business korea, a Coinbin se encontra em um prejuízo de 29,3 bilhões de won, cerca de US$ 26 milhões, o que em reais dá aproximadamente R$ 100 milhões.
Exchange cessou retiradas
A Coinbin suspendeu todas as retiradas de criptomoedas e dinheiro assim que fez publicação — na tarde do dia 20. A exchange pediu aos usuários para que eles não mais depositassem qualquer fundo.
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“Por favor, não deposite nada a partir de hoje, não seremos responsáveis pelo depósito. A liquidação por meio de fiat e criptomoedas será realizada por meio dos procedimentos de processo de falência”, diz a nota.
Alegando “risco moral do executivo corporativo”, a empresa disse que está motivada a recuperar os fundos e que fará boletins de ocorrências tanto na esfera cível quanto na criminal contra o executivo.
Caso de exchange canadense é parecido
O caso da Coinbin é bem semelhante ao da exchange de criptomoedas canadense QuadrigaCX, que também teve chaves de acesso a fundos perdidas.
Só que no caso da QuadrigaCX, o suposto detentor das chaves (fundador e CEO Gerald Cotten) morreu e parece que tudo está perdido.
Os fundos remanescentes, contudo, já estão na posse da Ernest & Young, escritório de auditoria nomeado pela Suprema Corte da província de Nova Escócia, no Canadá, para reter qualquer fundo localizado.
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