Acusado de participar da pirâmide financeira Pay Diamond, um esquema milionário que fez várias vítimas no Brasil, Dilhermano Pereira Gonçalves, ex-líder da Telexfree, foi preso na terça-feira (05) no Espírito Santo. O Negócio que se espalhou em vários países prometia lucros diários com a compra e venda de pedras preciosas.
De acordo com o jornal Gazeta, o mandado de prisão preventiva, emitido no dia 16 de setembro pela Justiça de São Paulo, foi cumprido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).
Segundo a publicação, além de Dilhermano, mais quatro pessoas são investigadas pela prática de crimes contra a economia popular. A Justiça já emitiu mais dois mandados de prisão.
Como funcionava a Pay Diamond
Conforme denúncia do Ministério Público de São Paulo, líderes da empresa no Espírito Santo promoviam reuniões com o objetivo de recrutar novos integrantes para o esquema.
Essas reuniões, diz a publicação, ocorriam em hotéis de luxo da Grande Vitória. Dilhermano e outros envolvidos também faziam grupos no Whatsapp para atrair investidores ao negócio.
A Pay Diamond vendia pacotes de investimentos com lucros diários que segundo os líderes viriam de negócios baseados em pedras preciosas.
“Nós compramos o diamante bruto, lapidamos esse diamante e vendemos ele no mercado”, disse o diretor da empresa, Carlos Luiz, em um antigo vídeo no Youtube.
Após a prisão, Dilhermano disse à polícia que tinha envolvimento nas atividades, chegou a fazer R$ 300 mil e que estaria no topo da rede. Ele também é acusado pelas vítimas de coação moral.
De acordo com o processo, o acusado prometia planos de investimentos, pagamentos em bitcoins e dizia que o trabalho da Pay Diamond era regulamentado pela CVM.
No Reclame Aqui, há reclamações de pelo menos dois anos atrás. As mais recentes, de dois meses por exemplo, são da falta de pagamento e do site fora do ar.
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Justiça convoca responsáveis
Uma publicação no dia 31 de outubro no Diário Oficial do Tribunal de Justiça determina o comparecimento dos acusados (Adriano Machado Mendes, Rodrigo de Souza Kagaochi, e Kátia Regina Zazirskas Luiz) na 2ª Vara Criminal do Foro de Barueri (SP) para que eles possam confrontar as acusações.
Adriano Azevedo, que no Youtube se identificava como CEO da Pay Diamond, ainda não foi localizado pela polícia.
Líder da Pay Diamond e Telexfree
Dilhermano ficou muito conhecido por aparecer em vídeos onde entrevistava Carlos Costa e Renato Alves, líderes da Telexfree, pirâmide financeira que ruiu entre 2013 e 2014.
Alves é investigado por supostamente ter lavado dinheiro para Telexfree bancando um show do ex-Beatle Paul McCartney, que aconteceu no Brasil naquela época.
O valor do cachê do ex-Beatle foi de R$ 8 milhões, pago com dinheiro sujo da Telexfree.
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