Imagem da matéria: Ex-colunista da Forbes relata como perdeu R$ 130 mil em ethereum
(Monty Munford. Imagem: Reprodução/Facebook)

“O Mundo das criptomoedas é um mercado selvagem”. A frase é de Monty Munford, um jornalista britânico ex-colunista da Forbes que foi alvo de hackers e perdeu 25.000 libras esterlinas em ethereum.

Na hora do almoço, Munford costumava experimentar as novidades tecnológicas que ele mesmo noticiava. Sempre que encontrava alguém que lhe falava sobre bitcoin, ethereum, Munford desdenhava. Conforme descreveu, aquele mundo não era pra ele.

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“Eu não tinha absolutamente nenhuma intenção de investir ou especular”, escreveu em seu próprio artigo, publicado pela BBC no mês passado.

Bitcoin e ethereum em alta

Em 2017, quando o bitcoin quase bateu a casa dos US$ 20 mil (na ocasião, cerca de R$ 70 mil no Brasil), como ele mesmo detalhou, a curiosidade o superou — e não apenas pelo Bitcoin, mas também por Ethereum e algumas outras criptomoedas.

Aliás, foi no ethereum que Munford apostou a maioria de suas fichas, confiante de que o criptoativo poderia alcançar os mesmos patamares que o Bitcoin.

Fez então o primeiro investimento, meio inseguro e com medo daquele clique fazê-lo perder tudo, mas fez. O Projeto era para longo prazo.

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A partir daí começa a história de como Munford, que “queimou seus dedos no mundo obscuro do investimento em criptomoedas” .

“Já é muito ruim saber que alguém perdeu 25.000 libras do seu dinheiro suado, mas o pior é saber que há poucas chances de recuperá-las”, escreveu.

Ele se referiu à natureza das transações no mercado de criptomoedas — uma vez efetivada, não tem volta e é muito difícil por meio de rastreamento localizar pessoas.

Armazenando ethereum

Munford conta que havia duas maneiras de manter seus criptoativos — numa exchange ou numa carteira digital criptografada. Foi o tempo em que ele ficou sabendo de alguns casos de roubo provocados por hackers. Resolveu, então, manter os fundos na MyEtherWallet.

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Recebeu suas chaves, pública e privada, e as armazenou com segurança como qualquer outro documento financeiro.

Além de imprimir as informações, ele também as inseriu em rascunhos no Gmail — para facilitar encontrá-las quando precisasse.

Essa atitude ele chamou de fatal, pois há malwares que ‘farejam’ uma chave privada.

Mas ele também acredita que escrever uma chave no papel pode ser igualmente perigoso. “Um incêndio, uma enchente, ou até mesmo um animal de estimação pode acabar destruindo”, disse.

O sumiço do ethereum

“Quando o preço do Ethereum disparou, eu me via sentado em uma grande pilha de dinheiro”.

Conforme o relato, ele não usava sua chave privada para acessar a conta havia algum tempo. Como o preço das criptomoedas começou a cair já em 2018, ele achou que era hora de sacar alguma coisa.

No entanto, tudo desapareceu, contou o jornalista.

“Quando tentei sacar foi um verdadeiro horror. Todo meu Ethereum — cerca de 25.000 libras — já havia sido retirado; o armário estava vazio”, relatou.

O pior de tudo, contou, era saber que uma transação de ethereum não poderia ser revertida e que também não havia nenhum seguro contra roubo, como acontece nos bancos tradicionais.

Seu fundo havia sido removido para algum lugar e ele nem sabia a quem reclamar. Mas ele teve alguns apoios. Segundo as pessoas que o ajudaram, o fundo foi movido da carteira e enviado para a Binance e 1 hora mais tarde para outra exchange.

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Munford ficou em desespero quando percebeu que a Binance lhe respondia apenas a cada 72 horas, fora as mensagens automáticas quando ele persistia.

De acordo com a exchange, ela não se moveria enquanto não houvesse um boletim de ocorrência policial. Ele então o fez no ‘Action Fraud’, que é o centro de denúncias de crimes cibernéticos do Reino Unido.

Ethereum em pedaços

Contudo, se passaram seis meses e nada de respostas. Ele procurou até os caçadores de recompensa para dividir o fundo caso encontrassem, mas nada foi resolvido.

Um desses grupos, o CipherBlade, ainda conseguiu ir adiante. Eles descobriram que o fundo de Munford havia sido fragmentado e distribuído para outras carteiras.

“Enviei o relatório da CipherBlade para a Action Fraud e as coisas finalmente começaram a mudar”.

O serviço de inteligência do Condado de Sussex o havia procurado — eles estavam rastreando os IPs usados nas ações criminosas. Entretanto, nenhum nome foi detalhado.

“As investigações ainda estão em curso e nada do meu dinheiro de volta”, desabafou.

E alertou: “Aprendam com meus erros”.


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