Fachada de um prédio da BlackRock na Califórnia, EUA
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Um levantamento da MarketsandMarkets Research revelou que o setor de tokenização atingiu valor de mercado de US$ 2,3 bilhões, em 2021. Essa é uma das inovações mais importantes do ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) e significa uma mudança estrutural de grande magnitude na gestão de ativos de terceiros.

Para o futuro, a mesma pesquisa aponta que até 2026 o mercado deve saltar 148%, atingindo US$ 5,6 bilhões. Já de acordo com a Standard Chartered Bank, o valor do Bitcoin (BTC) pode saltar para até US$ 100 mil até o final de 2024.

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O sistema de representação de ativos físicos e digitais na blockchain permite a divisão em partes menores, que podem ser negociadas sem a necessidade de intermediários, tornando as transações mais eficientes e menos caras.

Neste sentido, o ETF (sigla em inglês para Fundo Negociado em Bolsa) é um destaque entre os produtos de investimento inovadores e populares, pois oferece aos investidores uma maneira conveniente e diversificada de acessar os mercados financeiros.

A BlackRock – maior gestora de ativos do mundo, com US$ 9 trilhões sob gestão – foi a primeira instituição a investir nesse universo e junto trouxe a reboque outros fazendo o mesmo pleito.

O modelo baseado em Bitcoin à vista (spot) que a companhia propõe ainda está sofrendo resistência por parte dos agentes reguladores dos Estados Unidos, mas se permitido na bolsa, poderá tornar a criptomoeda mais acessível para um grupo grande de investidores. É o caso da Fidelity, que já solicitou o seu ETF Bitcoin.

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O foco da BlackRock é o ETF, cuja principal vantagem é a diversificação. Cada unidade geralmente abrange um amplo conjunto de ativos, como ações, títulos ou commodities, permitindo que os investidores se beneficiem da exposição a uma ampla gama de empresas ou setores sem precisar comprar cada ativo individualmente.

Essa diversificação reduz o risco associado a investimentos concentrados em uma única empresa ou setor.

Outra característica importante dos ETFs da BlackRock é a transparência. Os investidores podem acompanhar em tempo real a composição dos fundos e os ativos que estão sendo mantidos, garantindo uma visão clara e aberta do que estão investindo.

Além disso, impulsiona a popularização dos investimentos em grupos diversos, já que os ETFs tendem a ter custos mais baixos do que os fundos mútuos tradicionais, tornando-os atraentes para pequenos investidores e para aqueles que procuram maximizar seus retornos líquidos.

A BlackRock, por exemplo, oferece uma ampla variedade de ETFs que atendem a diferentes objetivos de investimento, desde fundos de índice que replicam desempenhos específicos até fundos temáticos que se concentram em setores nichados, como tecnologia, sustentabilidade e saúde.

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No entanto, como em qualquer investimento, é essencial compreender os riscos associados aos ETFs, incluindo a possibilidade de perda de capital e a volatilidade dos mercados. O ideal é seguir a grande tração da tendência dos tokens, mas sempre avaliando de forma profunda seus objetivos financeiros, com aconselhamento profissional e parcerias estratégicas.

Sobre o autor

Cássio Krupinsk é CEO da BLOCKBR

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