“Quiosque inteligente capaz de coletar moedas metálicas por criptomoedas”. Foi assim que o então aluno de Engenharia de Computação na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Matheus Francisco, apresentou seu TCC em 2019. Na última terça-feira (18), o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) expediu o certificado de registro requerido pela instituição, em nome do agora engenheiro de software.
De acordo com a publicação na Revista da Propriedade Industrial (RPI), o sistema criado por estudante foi registrado como um “firmware e interface de usuário para dispositivo coletor de moedas metálicas e compensação em criptomoeda. Além da UFSC e Matheus, faz parte do documento o orientador do curso, Martín Vigil.
A proposta de Matheus é basicamente uma solução que visa amenizar os problemas da falta de moedas metálicas e prover transparência em doações. Isso acontece em vários comércios. A pessoa pega o troco em moedas e pode ajudar alguma instituição de caridade, depositando-as num compartimento.
“Como ocorre nos supermercados. Todavia, a falta de transparência gera um grande problema devido à falta de rastreabilidade do valor doado, além das empresas não divulgar ou informar como acontece a transferência”, diz o artigo.
De moedas a criptomoedas
A falta de moedas metálicas nos comércios fez com que fossem criadas soluções para troco. Já existem sistemas que enviam o troco para uma carteira digital do cliente; e Matheus inovou isso.
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No entanto, diz o texto, para alcançar o objetivo será necessário identificar uma criptomoeda de baixa taxa. Matheus usou então a IOTA como modelo “devido a alta escalabilidade e a realização de microtransações sem cobranças de taxas”.
Segundo o TCC, foram feitos testes para verificar o funcionamento integral do sistema. Os componentes usados para uma interface de interação foram um hardware e um display LCD touch.
Conforme explicou, o sistema foi capaz de realizar depósitos e transferências com todos os requisitos levantados. Além disso, foi possível desenvolver um protótipo com baixo custo.
“A partir do exposto, conclui-se que o coletor de moedas desenvolvido pode amenizar com o problema de falta de moedas no mercado, pelo fato do estabelecimento conseguir reter as moedas inseridas no quiosque, em troca o cliente recebe suas criptomoedas em suas contas”, diz o texto.