Mão sob foguete de brinquedo com uma moeda de Bitcoin (BTC), sugerindo alta no preço da criptomoeda
Shutterstock

Nesta terça-feira (5), o Bitcoin (BTC) atingiu sua nova máxima histórica de preço, sendo negociado a US$ 69.001 por volta do meio-dia, com base nos dados do CoinMarketCap. O movimento ocorre após um forte rali iniciado em fevereiro e após pouco mais de dois anos, quando a maior criptomoeda do mundo atingiu US$ 68,7 mil no dia 10 de novembro de 2021.

Agora, o mercado reflete sobre quais os impactos desse feito. Até porque a roda continua girando: André Franco, head de research do Mercado Bitcoin, afirma ser esperado que, ainda neste ano, o mercado se depare com outras ondas de alta do Bitcoin.

Publicidade

“É possível, tendo em vista a volatilidade do Bitcoin, que a moeda experimente uma queda mínima nos próximos dias, após ultrapassar esses US$ 69 mil. Ainda assim, é válido que o investidor se mantenha atento ao BTC, tendo por base que, após o halving, é esperado que o mercado se depare com ondas de altas nunca vistas anteriormente”, concluiu.

Para Guilherme Sacamone, gerente geral da OKX Brasil, o fato de o Bitcoin atingir novas máximas históricas é um testemunho da incrível resiliência e potencial de longo prazo do ativo. O executivo lembra que o investimento institucional está aumentando, os casos de uso estão se expandindo rapidamente e a conscientização do consumidor está crescendo a cada dia.

“Isso é extremamente positivo para o mercado de criptomoedas em expansão no Brasil, onde estamos vendo um interesse e adoção tremendos. À medida que mais brasileiros abraçam a oportunidade de alcançar uma maior liberdade financeira e inclusão por meio das criptomoedas, acredito que este é apenas o começo de uma história de crescimento sustentado”, finaliza.

Cenário diferente de 2021

Para César Félix, CX Manager da NovaDAX, o ciclo de alta atual tem características particulares. “Enquanto o ciclo de alta de 2021 foi impulsionado em grande parte pela entrada de investidores de varejo e pela adoção institucional inicial, o atual ciclo é impulsionado principalmente por uma combinação de avanços tecnológicos, amadurecimento do mercado e o desenvolvimento de novos produtos financeiros”, afirma.

Publicidade

Nesse sentido, Pedro Gutierrez , Regional Director Latam at Coinex, afirma que se a alta de 2021 foi marcada pelo “frenesi especulativo”, a atual é mais gradual.

“A alta é fundamentada em uma convergência de legitimação regulatória e aceitação institucional. Além disso, o cenário regulatório e as dinâmicas de mercado evoluíram consideravelmente desde 2021”

Além do ATH: hashrate e Lightning

João Marco Cunha, Diretor de Gestão da Hashdex, destaca outros números que não apenas a cotação e lembra que upgrades na rede do Bitcoin devem esquentar ainda mais o mercado.

“O hashrate, que é uma boa medida do nível de segurança da rede, mais que triplicou. A capacidade de transações na rede Lightning quase dobrou. Além disso, foram implementados upgrades importantes que, entre outras coisas, permitiram a emissão de tokens na rede, como stablecoins e Ordinals (similares a NFTs)”, comenta.

Publicidade

Verão quente para o Bitcoin

Para Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, o preço recorde do Bitcoin confirma um sentimento de alta que vem sendo sentido desde 2023. Ele acredita que o movimento de alta deve seguir para além dos US$ 69 mil.

“A perspectiva de preço continua em alta, com o ritmo de aceleração que vemos. E toda a gama de benefícios associados está lá, sempre esteve lá. Nesse sentido, hoje parece que estamos entrando em um ‘verão quente’ para o Bitcoin”, disse Serrano.

“Alavancagem insustentável”

Após atingir sua nova máxima histórica de preço por volta do meio-dia desta terça-feira (5), o Bitcoin entrou em correção algumas horas depois, sendo negociado no momento desta publicação em cerca de US$ 63 mil; em reais, R$ 311 mil.

Marcel Pechman, trader e analista de criptomoedas, fez uma análise técnica sobre os movimentos de traders operando com alavancagem no mercado de Bitcoin e como a queda da tarde é um efeito dessa dinâmica.

“A correção de hoje nos mostra que o uso excessivo de alavancagem é insustentável no médio-prazo. Conforme os contratos perpétuos do Bitcoin atingiram taxas de 1.5% a 2% por semana para os comprados, estes indivíduos passam a se tornar um ‘alvo fixo’ para os interessados em causar liquidações forçadas, leia-se, uma queda abrupta tornando a margem de depósito dos comprados insuficiente”, disse.

Publicidade
VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Worldcoin lança blockchain própria onde "humanos verificados têm prioridade"

Worldcoin lança blockchain própria onde “humanos verificados têm prioridade”

Usando tecnologia da Optimism, a World Chain será uma rede dedicada e que preserva a privacidade dos usuários da Worldcoin
Changpeng "CZ" Zhao, CEO da Binance

Manhã Cripto: EUA pedem 3 anos de prisão para CZ da Binance e Do Kwon pode levar multa de US$ 5,3 bilhões

O Departamento de Justiça quer que CZ passe três anos na prisão por liderar a Binance no período em que a empresa violou leis de lavagem de dinheiro
homem de social contando dinheiro na rua

Brasileiro que extorquiu R$ 10 milhões em criptomoedas de empresário asiático deixa prisão

O veterinário Thiago Oliveira teria extorquido um empresário da Ásia após encontrar imagens íntimas no celular de sua namorada
Imagem da matéria: Mercado se anima com futuros de Bitcoin na B3, mas analistas apontam riscos para investidores iniciantes

Mercado se anima com futuros de Bitcoin na B3, mas analistas apontam riscos para investidores iniciantes

B3 lançou na última quarta o contrato futuro de Bitcoin, mas especialistas lembram que o produto oferece muitos riscos