Em meio a crise, dono do Bitcoin Banco diz que é o primeiro do mundo e desafia empresário

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Cláudio José de Oliveira, fundador do Bitcoin Banco (Foto: Reprodução)

Em meio a crise das exchanges do grupo Bitcoin Banco, o dono da empresa, Cláudio Oliveira, fez um pronunciamento em vídeo no qual falou sobre os problemas dos saques e prometeu divulgar o CPF de Rodrigo Souza, dono da Blinktrade e criador de um dos principais grupos sobre Bitcoin no Facebook.

No vídeo, Oliveira se apresenta ao público e agradece aos que o amam e aos que o odeiam. Em seguida, diz, aos que ele chama de “amiguinhos fakes”, que é homem o suficiente para dar a cara.

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Sobre os problemas dos saques (conforme dados do Reclame Aqui, nas últimas 24 horas foram 157 reclamações), afirma: “Compreendo que está complicado, mas vamos resolver. Tá todo mundo reclamando dos saques em criptomoedas, está certo. Mas nós estamos fazendo saques manuais e mexendo na plataforma”.

Sentado em seu escritório, o empresário afirma que o atraso é porque os saques estão sendo feitos manualmente pelas ledgers. “Demora, trava, tem que refazer… Mas todos vão receber seus saques”.

Oliveira voltou a defender o volume da NegocieCoins. “Nós não devemos nada a ninguém. Doa a quem doer, somos a primeira do mundo. Se fôssemos fake, como diziam antigamente, então o saque de vocês também é fake, né?”.

Treta com Rodrigo Souza

A metade final do vídeo é dedicada a Rodrigo Souza cuja empresa fornece a tecnologia para a exchange Bitcambio. “Tá gostando de fazer essa baguncinha toda? Por que eu estou sabendo de tudo”. Oliveira acusa Souza de expor os seus dados pessoais no Facebook.

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O tema é particularmente sensível porque Oliveira praticamente não existe no Google antes da compra da NegocieCoins. As informações expostas no grupo por meio de um perfil fake mostram alguns dados da familiares e falam sobre uma tentativa de extorsão a que Oliveira e a esposa sofreram no Rio de Janeiro em 2013.

Por esse motivo, o empresário diz que vai expor os documentos do criador da Blinktrade: “Vamos ver como está o seu CPF aqui. Tô com ele não e a gente vai fazer uma brincadeira. Seja homem, cara, apareça. Por que eu sou homem. Não me escondo de ninguém. Se quiser vir aqui fazer um visita, estou te esperando”.

O vídeo encerra com um agradecimento a várias pessoas que estão no grupo. “Eu espero do fundo do meu coração que daqui uns dias eu possa estar aqui dando boas notícias de novos produtos”.

Resposta ao dono do Bitcoin Banco

Poucos minutos após a divulgação do vídeo em um grupo do WhatsApp chamado Cointrader Monitor Master, Rodrigo Souza escreveu uma resposta. No texto, ele diz que não divulgou nenhum dado, já que Oliveira passou a vida na Suíça. “E eu nem teria como ter acesso a isso”, escreveu.

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Sobre a questão do CPF, diz o seguinte: “Sobre você divulgar meu antigo CPF, pode divulgar, eu já dei baixa na minha cidadania Brasileira a tempos, e nem mais sei se o CPF está válido ou não, provavelmente cancelado”.

No terceiro parágrafo, Souza fala sobre a crise do Bitcoin Banco: “Agora vá cuidar da baguncinha que você criou na maior exchange da galáxia, que o reclame aqui dela ta lotado, e tem gente oferecendo bitcoins presos na sua exchange com 35% de desconto (e ninguém quer comprar), de tanta confiança que você inspira”.

A referência aqui é que um p2p está anunciando nos grupos que está vendendo os Bitcoins presos nas exchanges do Bitcoin Banco por um valor abaixo do mercado.

Por fim, sobre a questão do encontro entre os dois, Souza escreve: “Do mais, acho que você tem trabalho o suficiente para pagar seus clientes ‘manualmente’ para ter de ficar fazendo ameacinha na internet. Se quiser vir aqui em NY conversar comigo, fique a vontade, te receberei com o maior prazer”.

Como a internet não perde a piada, já foi criado um evento para promover o encontro entre os dois. A foto é sugestiva: a explosão de uma bomba atômica.

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