Imagem da matéria: El Salvador lucra 40% com investimento em Bitcoin, mas presidente diz que não irá vender
Nayib Bukele , presidente de El Salvador (Foto: Reprodução/Twitter)

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi ao X na quarta-feira (29) repreender os céticos que criticaram a adoção do Bitcoin (BTC) por seu país, apontando o lucro de 40% que eles teriam sobre o investimento se vendessem a criptomoeda nos preços de hoje.

“Não vamos vender, [é claro]”, garantiu ele.

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Seu tweet desafiador surgiu enquanto o Bitcoin superava US$ 60 mil, seu preço mais alto desde o final de 2021.

A ostentação do lucro com Bitcoin de Bukele parece ser corroborada pelo Nayib Bukele Portfolio Tracker, uma ferramenta online que rastreia as posses de Bitcoin de El Salvador e os valores investidores com base nos anúncios públicos de Bukele sobre suas compras de BTC. Acredita-se que El Salvador esteja segurando hoje 2.848 bitcoins, o equivalente a US$ 173 milhões nos preços de hoje.

Embora o rastreador tenha superestimado os lucros da nação em dezembro, desde então foi corrigido, e o preço do Bitcoin, entretanto, disparou muito mais alto.

“Quando o preço de mercado do Bitcoin estava baixo, escreveram literalmente milhares de artigos sobre nossas supostas perdas”, escreveu Bukele, referindo-se a artigos negativos escritos por veículos financeiros mainstream durante o mercado de baixa do Bitcoin em 2022.

“É muito revelador que os autores desses artigos prejudiciais, os ‘analistas’, os ‘especialistas’, os ‘jornalistas’, estão totalmente silenciosos agora”, escreveu Bukele. “Lembre-se disso, na próxima vez que eles espalharem mentiras novamente sobre El Salvador.”

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Embora direcionando principalmente sua irritação à mídia, Bukele também enfrentou resistência do Fundo Monetário Internacional (FMI), que alertou que a adoção do Bitcoin como moeda legal poderia desestabilizar a economia da nação. Mesmo com a volatilidade do Bitcoin, a administração de Bukele não revogou a lei nem vendeu seus BTC — até se comprometendo a comprar 1 BTC por dia logo após o colapso da FTX.

Apesar dos lucros consideráveis da nação, Bukele disse que o país não tem intenção de vender. “1 BTC = 1 BTC”, escreveu ele. “Isso era verdade quando o preço de mercado estava baixo e é verdade agora.”

Bukele foi reeleito presidente de El Salvador com apoio esmagador no início deste mês, garantindo outro mandato de cinco anos com 85% dos votos.

Embora a lei do Bitcoin do líder tenha sido recebida com confusão e críticas pelos cidadãos na época em que entrou em vigor, ele também se tornou muito popular por combater a violência de gangues locais, ajudando a reduzir a taxa de homicídios do país em 90%.

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Assim como Bukele, o proprietário da MicroStrategy, Michael Saylor, criticou os críticos da estratégia de Bitcoin de sua empresa no início deste mês. De acordo com o Saylor Tracker, a empresa agora quase dobrou seu dinheiro.

El Salvador e lei sobre KYC

Enquanto o Bitcoin sobe e deixa a estratégia de El Salvador no lucro, o governo de Bukele, através da Oficina Nacional do Bitcoin, decidiu modificar a lei que impõe a aplicação do protocolo de conhecimento do cliente (KYC) para transações com Bitcoin, em resposta às preocupações levantadas pela comunidade de bitcoiners sobre questões de privacidade. As informações são do portal Criptonoticias.

A lei em questão (Lei de Supervisão e Regulação do Sistema Financeiro), foi originalmente aprovada em 2005, antes da criação do Bitcoin, e dá às autoridades financeiras salvadorenhas o direito de acessar dados privados dos usuários do sistema financeiro, incluindo os que fazem operações com Bitcoin.

As disposições desta lei geraram alarme na comunidade de criptomoedas, com startups locais expressando preocupações sobre o impacto dessas regras na privacidade e na operacionalidade dentro do ecossistema do Bitcoin.

Em resposta, a Oficina Nacional do Bitcoin anunciou que a legislação será modificada dentro de 10 dias para atualizar e remover os requisitos considerados obsoletos, com as mudanças entrando em vigor pouco depois, com o objetivo é garantir a privacidade dos usuários de Bitcoin.

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*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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