A Justiça Federal da Paraíba acolheu a denúncia contra os criadores da Fiji, empresa acusada de ser uma pirâmide financeira que usava criptomoedas para movimentação de ativos. A companhia tem sede em Campina Grande (Paraíba) e ficou conhecida por ser rival da Braiscompany, que também iniciou suas atividades na cidade. As informações são do portal Paraíba Todo Dia.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) de crimes contra o sistema financeiro cometidos pelos donos da Fiji.
São agora réus no processo: Buenos Aires José Soares Souza, Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento.
A defesa de Buenos Aires afirma que ainda não teve acesso à denúncia, mas dizem que os elementos narrados pelo MPF “não correspondem com a realidade”.
Operação “Ilha da Fantasia”
A investigação contra a Fiji veio à tona em junho de 2023, quando a Polícia Federal lançou uma operação chamada “Ilha da Fantasia” que executou oito mandados de busca e apreensão e três prisões preventivas relacionadas com crimes financeiros e a empresa Fiji Solutions, de Campina Grande, na Paraíba.
A empresa é acusada de funcionar como uma pirâmide financeira que oferecia promessas de rendimentos mediante contratos de investimentos com criptomoedas.
Segundo as informações da Polícia Federal, estima-se que foram movidos cerca de R$ 600 milhões, nos últimos três anos, pelas partes envolvidas no esquema. Além da Fiji, a empresa Softbank Softwares, que desenvolvia a tecnologia da Fiji, também foi alvo da operação.
Em abril de 2023, a Fiji Solutions teve R$ 399 milhões bloqueados em determinação da Justiça, por meio da 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba.
Dono da Fiji já estava detido
Um dos alvos da operação “Ilha da Fantasia” foi o empresário Buenos Aires, dono da Fiji Solutions.
Buenos Aires, no entanto, já havia sido detido em prisão preventiva pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dia antes da operação federal. O dono do suposto esquema financeiro também é suspeito de cometer o crime de abuso sexual infantil.
Parte das provas contra Buenos Aires envolvem fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas explícitas de sexo, encontradas em seus dispositivos eletrônicos. O delegado responsável pelo caso, João Ricardo, disse ao G1 que alguns destes materiais indicavam que poderiam ter sido produzidos pelo empresário.
“Não dá para afirmar que foi ele quem fez essas fotos, mas dá para afirmar que ele possuía essas fotos em seus dispositivos eletrônicos. Então há uma grande chance de se por acaso ele não praticou esse crime, saber quem praticou”, explicou.
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