A Spartacus Consultoria, empresa com sede em Cabo Frio, Rio de Janeiro, é mais uma empresa da Região dos Lagos a dar calote em seus clientes. O negócio, que está em nome do capitão da PM Diogo Souza da Silveira e de mais dois sócios, promete promete 14% de rendimentos, supostamente oriundos de trades de criptomoedas, de acordo com uma reportagem d’O Globo.
O militar, segundo a reportagem, também é sócio do deputado estadual Fillipe Poubel (PSL-RJ) em uma casa noturna chamada Buda Lounge Bar, que fica no centro da cidade de Cabo Frio. O parlamentar, diz a reportagem, negou ter qualquer tipo de envolvimento com a empresa de Diogo e afirmou que não integra qualquer sociedade em investimentos financeiros — atividade secundária da Spartacus, que está ativa desde janeiro de 2017.
Segundo apurou O Globo, após o calote da Spartacus, centenas de investidores prejudicados têm se reunido por meio de grupos nas redes sociais trocando informações sobre o atraso nos pagamentos. Alguns já se organizam para procurar a Justiça, diz o site.
A reportagem ainda aponta que recentemente Diogo chegou atendeu um grupo de investidores para explicar o que estaria ocorrendo com os pagamentos, principalmente depois de a Spartacus ter reduzido os rendimentos para 5%, portanto, cerca de um terço do prometido.
Durante a conversa, explica o jornal, o militar teria manifestado algumas opções que poderiam ser usadas para reverter a situação da empresa, porém sem estipular prazo algum.
Parlamentar é citado em conversas
Ainda segundo O Globo, o parlamentar Poubel foi questionado, por intermédio da assessoria de imprensa, se tinha ciência de que o espaço do qual é sócio havia sido usado para reunião da Spartacus, conforme apurou a reportagem. No entanto, o deputado não respondeu.
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O parlamentar é citado em vários momentos nas conversas entre os investidores, diz o jornal. Quando questionado nas redes sociais, acrescenta, Poubel diz que alguns de seus familiares que investiram na Spartacus também estão na mesma situação.
Onda de calotes
A Spartacus Consultoria é apenas uma das muitas empresas da Região dos Lagos que está tendo dificuldades em cumprir com os contratos de investimentos em criptomoedas, ainda que sem aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Depois que a Polícia Federal prendeu o dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos, uma onda de calotes parece ter atingido toda a Região como um efeito dominó.
Recentemente, as empresas ESA Consultoria & Investimentos; Oregon Enterprises; e FCL Investimentos, que captaram clientes prometendo rendimentos mensais de 15% sobre o valor aportado, também tiveram problemas com os clientes.
Acerca do caso mais famoso, o da GAS, várias pessoas envolvidas no negócio já viraram, assim como ele, réus na Justiça. A polícia ainda caça alguns suspeitos de crimes contra o sistema financeiro nacional, como a venezuela e esposa de Glaidson, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa.