Dogecoin não é bom para o mercado de criptomoedas, diz CEO da Ripple

Executivo ressalta que fato de a Dogecoin ter uma natureza não deflacionária é um ponto de atenção
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CEO da Ripple, Brad Garlinghouse (Foto: Christopher Michel\Flickr)

O CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, disse que tem dúvidas sobre o benefício que a Dogecoin pode ter no universo das criptomoedas.

O executivo falou no evento Fintech Abu Dhabi, no qual levantou ressalvas sobre a natureza não deflacionária do ativo que já tem quase US$ 30 bilhões de valor de mercado.

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“Na verdade, eu não estou convencido, o que eu suponho ser controverso, que a dogecoin seja boa para o mercado cripto”, disse Garlinghouse, conforme mostra reportagem do canal americano CNBC.

Um ponto ressaltado pelo empresário foi a criação do ativo. “Foi concebido como uma piada, e aí ganhou momento de pessoas de grande influência, como Elon Musk”, disse.

Ao contrário de outras criptos, a dogecoin não tem um limite de criação, o que o executivo vê como um problema. “Dogecoin tem questões de inflação dinâmica próprias que me fariam ser relutante em segurar esse ativo”, disse.

Dogecoin e Elon Musk

A Dogecoin foi criada no ano de 2013 como uma piada, segundo seus desenvolvedores, e foi listada no CoinMarketCap somente em julho de 2014. Na época, a altcoin era negociada em US$ 0,0002250. Originalmente, a altcoin é um fork do Luckycoin, uma criptomoeda extinta que foi bifurcada da Litecoin, que surgiu como um fork do Bitcoin.

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Em 2015, Jackson Palmer, que ajudou a criar a criptomoeda, abandonou o projeto. Mas a altcoin passou a ganhar status de moeda de troca em pequenas plataformas, como a extinta Tradesatoshi, por conta da facilidade para trocar por outras criptomoedas com quantidade de zeros aproximada. Seu preço também não mudou muito nos cinco anos seguintes.

No começo de 2021, a DOGE passou a figurar junto com o bitcoin como preferidas do bilionário Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX, que ora ou outra faz publicação sobre a altcoin, sendo um dos responsáveis por uma alta de 500% em 30 dias . Na época cada token passou a valer US$ 0,045.

O ‘tiro’ veio em abril, quando o DOGE saltou de US$ 0,05 para passar a valer US$ 0,40.

Ripple se expande

Ripple anunciou no começo do mês que está se expandindo. A empresa com sede em São Francisco (EUA) cuja estratégia comercial sempre foi focada em torno da criptomoeda XRP, anunciou, nesta terça-feira (9), que também irá oferecer a seus clientes alguns outros tokens.

 A empresa também anunciou que planeja oferecer serviços de staking e investimento, bem como outros produtos associados ao crescente mundo das Finanças Descentralizadas (DeFi).

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Incertezas com XRP

Atualmente, quase toda a receita da Ripple é gerada pela venda de XRP. Tudo isso está acontecendo em meio à incerteza sobre o negócio principal com XRP da Ripple, que fez a empresa gerar bilhões em receita mas que ainda sofre com controvérsias, incluindo um grande processo judicial em que enfrenta a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

Em 2012, os cofundadores da Ripple emitiram 100 bilhões de tokens XRP e transferiram grande parte para a empresa. Em seguida, alocou os ativos em um depósito para que eles sejam vendidos em intervalos definidos.

A Ripple realizou várias tentativas para mostrar que XRP possui utilidade além da especulação antes de estabelecer uma estratégia que envolvia promover o token como uma “moeda que serve como ponte” para facilitar transferências monetárias internacionais.

Essa estratégia ajudou a Ripple a estabelecer grandes parcerias com Western Union e MoneyGram. Com o tempo, no entanto, essas empresas acabaram se afastando do XRP.

Mesmo assim, a Ripple parece ter tido progresso nos últimos meses em mercados no exterior, assinando acordos em locais como Arábia Saudita e Japão.

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