Antes que a Dogecoin (DOGE) possa se tornar “a futura moeda da Internet e das pessoas”, ela precisa passar por algumas pequenas mudanças. Pelo menos essa é a visão de Vladimir Tenev, CEO da corretora Robinhood.
Em uma série de mensagens disparadas no Twitter na quinta-feira (14), o executivo detalha como, para ele, a memecoin pode superar outras criptomoedas mais populares e se tornar o principal ativo cripto.
Tenev não parece preocupado que a maioria do mercado ainda veja o Dogecoin como uma shitcoin ou uma piada divertida. Talvez ele tenha sido inspirado pela recente demanda do bilionário Elon Musk, CEO da Tesla, de que o Twitter integre o DOGE como principal moeda de operação.
Em suas mensagens, ele começa destacando como as baixas taxas associadas ao Dogecoin são superiores aos “1-3% cobrados pelas principais empresas de cartão”. O custo médio de uso do DOGE em abril, segundo o BitInfoCharts, está entre US$ 0,19 e US$ 0,30. Como comparação, o Bitcoin está entre US$1.35 e US$ 3 no mesmo período, enquanto os custos do Etehreum são ainda mais altos.
Apesar das baixas taxas, Tenev diz qua a velocidade do DOGE ainda deixa muito a desejar. “O tempo de processamento de cada bloco é de um minuto”, diz ele. “Ainda é um pouco longo para fazer pagamentos. Um tempo de dez segundos seria mais apropriado porque é inferior à média do tempo gasto nas compras por cartão de crédito”.
Para Tenev, com um minuto para registrar transações na blockchain, o Dogecoin ainda está longe de se tornar competitivo como um meio de pagamento eficaz quando comparado à Visa e Credicard, por exemplo.
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Com um minuto de registro e um bloco de sua blockchain tendo um megabyte, a criptomoeda pode processar cerca de 40 transações por segundo (TPS). Apesar de ser um número bem maior do que tanto Bitcoin quanto Ethereum, ainda é fraco comprado com as administradoras de cartão. Como comparação, a rede da Visa pode, em teoria, suportar até 65 mil TPS.
Portanto, para se destacar na cena cripto, a Dogecoin teria que superar a Visa, o que significa melhorar sua performance em pelo menos 10 mil vezes. Felizmente, isso pode ser feito simlemsnete pelo aumento no limite do tamanho dos blocos da blockchain. Esse é o centro da ideia de Tenev.
Aumentando o tamanho do bloco do DOGE ou a quantidade de dados guardada em cada bloco também resultaria em elevação da velocidade da rede, diz o CEO. Ele sugere que os desenvolvedores por trás da criptomoeda deveriam ter como objetivo chegar a blocos de 10 gigabytes.
No entanto, blocos maiores tem uma contrapartida.
Conforme as redes cripto se espalham, também aumenta a carga sobre o hardware para manter os registros das transações do blockchain. Em um determinado momento, essa carga fica tão grande que se torna invável para os entusiastas individuais manterem a rede. Isso pode então levar à centralização da operação – uma das preocupações dos usuários.
Essa contrapartida de velocidade versus centralização “exigiria hardware mais sofisticado”, admite Tenev. Isso tornaria a mineração de DOGE mais cara para os entusiastas. Mas, para o CEO da Robinhood, “trata-se de uma contrapartida justa”.
*Traduzido por Marcelo Cabral com autorização do Decrypt.co.