Diretor foragido da Unick Forex pagou para irmão ir lutar em guerra separatista na Ucrânia

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Rafael Marques Lusvarghi é irmão de diretor preso (Foto: Forças Armadas da Novarússia)

*Erramos: Ao contrário do que foi afirmado no título e no texto, Fernando Lusvarghi não foi preso. Na verdade, ele está foragido. A informação foi corrigida.

Fernando Marques Lusvarghi, diretor da Unick Forex que foi procurado mas escapou de ser preso na quinta-feira (17) durante a ‘Operação Lamanai’ da Polícia Federal (PF), subsidiou a ida de seu irmão, Rafael Marques Lusvarghi, para a Ucrânia, onde ele defendeu as forças separatistas apoiadas pela Rússia entre 2014 e 2015.

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De acordo com uma entrevista de Rafael ao site Operacional, naquela época Fernando Lusvarghi deu a ele US$ 1000 (cerca de R$ 4 mil nos dias de hoje) para o custeio da passagem e mais US$ 200 para ele ‘se virasse’ até chegar ao batalhão. Lá, diz a reportagem, ele receberia alimentação, fardamento e equipamento.

“Não tem nenhum tipo de retorno ou ganho financeiro aqui”, disse Rafael ao ser questionado se ele recebia algo em troca dos seus serviços ao grupo.

Autointitulado como ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rafael chegou a atuar como policial militar em São Paulo.

Conforme publicação da BBC no ano passado, o Serviço de Segurança da Ucrânia emitiu um pedido de prisão e Rafael foi preso. Ela estava abrigado em um monastério nos arredores da capital Kiev porque não podia deixar o país.

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Segundo a reportagem, ele havia sido condenado a 13 anos de prisão por terrorismo e recrutamento de mercenários e ainda tinha pendências judiciais.

Rafael, que foi ativista e membro da Legião Estrangeira, também encarou a prisão em diversas ocasiões no Brasil e no exterior, diz o artigo da BBC Brasil.

Irmão preso em operação na Unick

Já o irmão, Fernando Lusvarghi, junto com o presidente da Unick, Leidimar Lopes, o diretor de marketing, Danter Silva, e mais sete pessoas ligadas à cúpula da empresa, devem permanecer presos até uma decisão da Justiça.

Do alto escalão da Unick, Fernando Lusvarghi era o único sem passagem anterior por outros golpes. Ainda assim, tinha um papel fundamental na empresa de dar um embasamento jurídico durante conversa com investidores.

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Formado em direito em 2008 no Centro Universitário Padre Anchieta, Jundiaí, SP, Lusvarghi também é dono da S.A. Capital, uma empresa que supostamente servia para garantir investimentos dos clientes da Unick, mas sem patrimônio suficiente.

A operação na Unick

Durante a megaoperação contra a Unick Forex a PF encontrou e apreendeu 1500 bitcoin e milhões de reais. Carros e imóveis também entraram na conta.

No entanto, de acordo com as declarações do delegado Aldronei Rodrigues e do superintendente do RS, Alexandre Isbarrola, a “Unick não tem patrimônio nem para garantir uma ínfima parte do pagamento aos clientes”.

Conforme a apuração da polícia, seriam cerca de um milhão de clientes pulverizados pelo Brasil inteiro, com um grande número de pessoas na região.

O valor arrecadado não está claro ainda, mas segundo o delegado, a empresa comentava dois números: R$ 2,4 bilhões e R$ 9 bilhões.

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