“Diretor de empresa de criptomoedas teve morte encomendada”, diz delegado

Vítima levou tiro na cabeça e está em estado gravíssimo no Hospital Evangélico Mackenzie
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Guilherme Grabarski trabalhava em uma empresa chamada Compralo (Foto: Arquivo pessoal)

O diretor da empresa de criptomoedas Compralo Guilherme Grabarski — alvo de uma tentativa de homicídio na noite da terça-feira (6), em Curitiba (PR) — teve a morte encomendada, segundo o delegado que cuida do caso, Thiago Nóbrega, da 3ª Delegacia de Homicídios da capital paranaense.

“O que apuramos até o momento é que alguém encomendou a morte do Grabarski. Isso porque o carro onde estavam os atiradores, um Etios vermelho, seguiu Grabarski, que estava em um Audi A4, da porta da empresa onde ele trabalha até o local onde ocorreram os disparos”, disse ao Portal do Bitcoin.

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A tentativa de homicídio ocorreu próximo do terminal de ônibus do bairro Campo Comprido, na região Oeste da cidade. Dois atiradores fizeram diversos disparos contra o veículo da vítima. A polícia encontrou oito estojos calibre 380 no chão. Grabarski, segundo o delegado, foi atingido por quatro tiros, um deles na cabeça.

Logo após o ocorrido, a vítima foi encaminhada em estado grave para Hospital Evangélico Mackenzie e passou por uma cirurgia. De acordo com informações repassadas pelo hospital na tarde desta quarta-feira (7), ele está na UTI em estado gravíssimo.

Motivação

O delegado disse para a reportagem que ainda é cedo para determinar o motivo do crime.

O que foi apurado até agora, afirmou, é que o carro dos atirados era roubado e que o caso pode estar ligado ao trabalho de Grabarski, que é diretor-executivo da Compralo, que supostamente atua no ramo de pagamentos e carteiras digitais para transações com criptomoedas.

“A vítima trabalha faz um ano e meio com criptomoedas, e a gente sabe que pessoas perdem dinheiro nessa área, então pode ser que tenha relação, mas não posso afirmar nada com certeza ainda”, disse Nóbrega.

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O delegado falou também que a Compralo pertence ao empresário Francisley Valdevino da Silva, criador da InterArg, da Intergalaxy e da Wolkeb Club:

“Há denúncias de que ele (Francisley) aplicava golpes no passado. Pode ser que o crime tenha relação com isso. Mas é tudo muito recente. A gente está levantando tudo”.

Na plataforma Reclame Aqui, há diversas reclamações sobre a Wolkeb Club, que oferecia um serviço de clube de compras e descontos para os conveniados.

O empresário, outros funcionários da empresa e familiares da vítima — que não tinha passagens pela polícia — serão ouvidas nos próximos dias. O delegado Nóbrega falou que quem tiver informações sobre o caso pode ligar para 0800-643-1121